quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nem no sonho eu sou eu.

Essa tarde eu tive um sonho louquíssimo! Sonhei que tinha uma caloura no jornalismo de 65 anos, que curtia rock e tinha um maridão de 70 que fumava maconha. Ela foi na minha casa (do sonho) e foi visitar os quartos, a cozinha e o quintal porque queria morar comigo. Passamos horas conversando (no sonho) e, quando acordei, vi que estava chorando e minha garganta estava MUITO seca. POIS É, passei a tarde toda conversando com essa senhora que não existe, desabafando meus medos e contando todos os meus sonhos (dentro do sonho, olha isso).

Só agora esse sonho me veio à cabeça, resolvi postar porque talvez faça sentido pra alguém, ou vá fazer sentido pra mim um dia.


Beijão pra quem leu!

E aí eu cresci e me tornei isso.

Fiz escolhas esse ano que pensei (e ainda penso) serem boas pra mim. Os amigos que fiz, os lugares onde fui, TUDO me fez ver onde não mais queria voltar, o que eu não ia mais beber, que horas eu não iria mais acordar, pra quem eu ia dar a cara pra bater.

Essas escolhas me fizeram ser o que sou AGORA. Meio seca, meio fria, meio boba. Me tornei mais intensa e, em certos momentos, isso se torna uma qualidade impagável, em outros, me torno mal interpretada.

Morar fora me trouxe uma liberdade enorme. No começo, não soube lidar com ela. Saía muito, todos os dias! Tinha o foco fora da faculdade. Um pouco antes do meio do ano, passei tão mal depois de uma festa open bar, que percebi que ISSO não é coisa de gente que pensa! Saí de casa pra estudar, e havia perdido o foco. Então, terminei o namoro da época, foquei na faculdade e o acaso conspirou a meu favor.

Conheci outra pessoa (que influenciou nas poesias da época), conheci os amigos da faculdade (os de verdade), conheci os amigos que moravam perto e me davam abrigo nos dias mais tristes da minha vida (sábados e domingos) e vi que minha família sempre estaria ao meu lado, INDEPENDENTE das minhas escolhas. Achei mesmo que eles tivessem visto que eu cresci e que fiz certas escolhas POR MIM, pensando MUITO antes de fazê-las.

Hoje, em casa, me sinto presa. EU AMO minha família, mas como mostrar que todas as minhas vontades e meus anseios são pensando em mim e neles? Antes não conseguia nem sair pra comer um lanche sem ligar para meus pais avisando... hoje, arrisco até um almoço fora de casa (coisa que eu NUNCA faria sozinha).

Eu entendo minha família, eu os amo MAIS QUE TUDO. Mas queria muito que ela visse que eu cresci e que essas escolhas são pensadas em cima da minha vida AGORA. Se eu quero aprender a cantar, se eu quero conhecer lugares novos, é POR MIM, pro MEU crescimento. Não depende de quem está ao meu lado, eles são só um meio de chegar lá e eu sou o meio deles chegarem também. Morando fora aprendi que preciso das pessoas SIM, e elas de mim, seja qual for a finalidade.


O que me deixa triste é não saber conversar ao vivo, falar olhando nos olhos tudo o que eu penso. Queria ter o poder do convencimento, ou da prova, pra mostrar que o que estou dizendo hoje não é tão errado.

Não matei ninguém, não xinguei ninguém, apenas fiz escolhas... todas POR MIM.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Despedida.

Me desligo hoje das redes sociais, Facebook e Twitter, e passo a ficar comunicável apenas pelo telefone de casa, celular, e-mail e blog.

É o primeiro passo para me reencontrar, pensar e repensar, e voltar a ser inatingível como antes. Abrir meu coração foi a pior maneira que achei de me encontrar esse ano. Esse reencontro vai ser do método TÃO conhecido por mim e TÃO desgastante quanto o de tempos atrás.

Espero que me deem forças por aqui ou por ali pra isso.

Continuarei postando normalmente no blog.


Um beijo,


Endiara Cruz.

Que presente você quer?

É a pior pergunta a se fazer.

Nessa semana começa a correria do natal. Todo mundo correndo atrás do presente perfeito (mais barato) pra quem realmente importa. E nessa semana, também, começou a maratona de perguntas pra Endiara, frases diferentes e com o mesmo sentido: Que presente você quer?

Acho interessante essa pergunta, ainda mais vinda de pessoas tão próximas quanto essas que me perguntaram. Fico pensando que não deixo claro o que eu gosto e que essas pessoas não entendem que um presente é uma simples lembrança que posso levar delas pelo resto da vida (ou no mesmo dia, caso seja comida).

Não me dando flores, tudo vale a pena.

Espera.

Seu coração já quase saiu pela boca esperando uma resposta?

O meu, palpita descompassadamente, até dói meu pulmão de tanto que tento controlar a repiração, e haja roupa limpa pra compensar meu suor frio.
No começo, espero ansiosa! Quando o assunto é um pedido de viagem, ou de natal, claro. Essa ansiedade dura um dia. Depois disso, a ansiedade vira suco gástrico, vira raiva, vira dor, e por fim, se torna tristeza... daquelas bem melancólicas.

Agora estou assim. Pode ser que aquela porta se abra e que eu receba lindas notícias! E pode ser que a porta se abra e a indiferença saia por ela. Existe outra possibilidade, a que eu acredito agora para não entristecer depois, que é pessimista demais para a massa: a porta pode se abrir e notícias tristes, tristes, tristes sairem de lá.

Espero ansiosa, tentando ao máximo aproveitar os segundos aqui.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Como está!

Chega um momento da nossa vida que paramos pra pensar em como tudo FOI. Fiz um balanço de 2011 e vi que passei grande parte do tempo querendo. Às vezes a gente passa tanto tempo da vida pensando em como seria (com relação a tudo), que esquece de pensar em como está. Esquecemos que nossas atitudes também contam, e que as palavras ferem mais do que uma faca. O perdão não serve pra nada, e só as más atitudes serão lembradas.

Então, resolvi fazer algo diferente: pensar em como ESTÁ, viver o agora tranquilamente e, claro, planejar o futuro, mas sem ficar sentada calculando todos os gastos ou contras e sim, colocando na balança os lucros e os prós, CONSTRUINDO no agora um futuro, não tão distante, agradável.

Nada melhor do que estar em casa e colocar a cabeça no lugar. Mesmo com o coração fazendo uma ponte entre Passos e Pinda, vou focar nos que estão aqui, planejando um reencontro com quem está lá sem perder um minuto com a minha família. Revejam seus atos deste ano que está passando, planeje sem perder o vínculo com os que amam. Talvez também seja difícil pra vocês encontrar a palavra perfeita ou a atitude impecável que a vida deseja, então procure não pensar demais, apenas viva! e diga o que te aflige no momento que aconteceu, peça um abraço pro amigo que faz falta, dê um soco naquele que te aporrinha, e diga 'eu te amo' pra quem realmente se importa com você (e não existe limite de 'eu te amo' quando é real).

Desejo, desde já, um 2012 maravilhoso, com todas as imperfeições que nos farão crescer, e todas as alegrias que guardaremos na mente e na alma.


Beijão pra quem leu!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Minas, uai.

Acordar pela manhã sentindo um cheirinho de café sem açúcar, faz parte da minha rotina aqui em Pinda. Não acordamos cedo nessa casa, muito menos dormimos cedo (quando dormimos), mas sempre tem café quentinho e fresquinho na cafeteira.

Fui pra Minas Gerais sentindo falta de tudo de casa, até do fedôzinho dos meus cachorros, só não sabia que esse cafezinho me faria tanta falta ao longo desse ano. Em Minas todo café já é doce de nascença, não só o café, mas as pessoas.

Pouquíssimas vezes vi um mineirinho bravo ou reclamando da vida. Todo mineiro come quieto (MESMO), tem um bom papo e um amor EXTREMAMENTE cativante pelo estado e pelas pessoas. Vivem e não sobrevivem.

Não sei bem como trabalhar esse texto. É complicado falar sobre as pessoas que a gente gosta ou dos lugares que a gente ama. Falar dessas duas coisas em um só texto é quase impossível. Serei direta e reta, no bom estilo paulista.


Minas Gerais me trouxe muitos problemas emocionais. Mas a angústia de enfrentar tudo sozinha, o clima diferente da minha região, o sotaque e a culinária, além de outros motivos que enfraqueceram minha certeza de morar ali, não chegaram nem perto de superar as amizades mineiras que eu fiz. Desde falar com as vizinhas velhinhas que tossem, até namorar um mineirinho, me fez perceber que Minas Gerais não é só um estado, Minas é um país com a capital chamada população. Cada mineiro traz dentro de si o seu estado, colocando-o antes mesmo do próprio Estado.

Esse grande borrão no mapa já me encantava quando eu era pequenininha, e me encanta cada dia mais, crescendo se uma maneira que até me assusta! Admito que há muito o que melhorar nesse estado, como os políticos e a infraestrutura, por exemplo. Mas a população de verdade, que nasceu e sempre ficou nesse lindo estado, ela sim é doce como o café mais doce, acompanhado com pão de queijo mais macio e queijo minas mais azedinho, tão imaculada quanto as virgens marias espalhadas por todas as igrejas barrocas que lá existe.


Eu AMO Minas Gerais,
seus mineirinhos
e seus UAIs!

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Beijão pra quem leu!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Querido papai noel,

Ouvi uma frase na viagem de volta pra casa que me inspirou a escrever essa cartinha hoje: quando a gente ama, um dia parece uma vida. Essa frase veio pra me ajudar, Papai Noel, a escolher um presente pra esse ano.

A saudade que eu sinto dele hoje (primeiro dia sem ele nas férias) é a saudade mais dolorosa do mundo, que eu só senti na primeira noite longe de casa e que pensei que só passaria uma vez. Errei.

Hoje, Papai Noel, te peço de natal a melhor companhia que se pode querer. É aquele combo de sorriso, voz e cheiro perfeitos, que pensamos ser irreal. Talvez seja caro, talvez inviável (pra você), talvez você não entenda, talvez me veja como precipitada demais pra pedir alguma coisa, mas meu coração sabe que não vai suportar.

Esse presente foi que me trouxe de volta a luz, que me segurou nas mil vezes que quis pular fora, que me mostrou o que é querer dividir tudo com alguém. Agora que eu posso, quero voltar atrás. Esse presente, Papai Noel, é a minha vida...


Neste natal, quero o Pedro comigo.


Atenciosamente,
Endquepensa.



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Beijão pra quem leu!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ah, as palavras.

Palavras nunca são suficientes.

Passamos o dia todo falando de coisas superficiais, falando sem respirar.
No final da última noite ela mesma, a fala, te coloca no chão.

As frases sempre me escapam depois de um 'eu te amo', e por mais que eu ame, não sei dizer.

O amor é tão complicado que, o outro te odeia porque você não soube amar.
Que amor é esse que tem que ser explicado?

O amor é tão sútil, as declarações tão escancaradas.
Quero o amor puro nos gestos e nas surpresas, nas idas e vindas, na promessa de melhorar, na frieza do querer ter.

Se eu me preocupo, é porque eu amo, já dizia minha mãe.


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Beijão pra quem leu!