quarta-feira, 28 de março de 2012

Que a natureza me guie nítida como minhas ideias,
que meus cabelos estejam sempre na cabeça,
que o corpo sustente essa leveza,
e que a mente permaneça lúcida,

Amém.

terça-feira, 27 de março de 2012

Anita me deixando boba.

A luz do meio dia que entrava pela janela da sala estava forte. Deu pra ver que os pelinhos do rosto dela estão ficando amarelinhos, então ela vai ficar sardenta tipo a mamãe I aqui.
Ela está conhecendo as garrinhas agora, ficou desfilando a tarde inteira no sofá, grudando, desgrudando e se prendendo no estofado. Eu vi que as patinhas dela ainda são fininhas e rosinhas.
Percebi que o meu colo, pra ela, é sonífero, e que eu passaria todos os dias, o dia todo, fazendo carinho nessa bolinha de pelo.
Os brinquedinhos que eu fiz essa madrugada pra ela são engraçadinhos. Tem sininho, paninho, lãzinha. Tudo bem 'Inho' pra Anitinha. Ela brinca, para, dorme, come, dorme.
Noite passada ela dormiu na caixinha, acordou cedinho e foi para o sofá sozinha. Acordei com ela dormindo no meu cangote haha.

Eu tô boba com isso.
É tipo ter um filhinho, que você ama muito e quer muito bem.


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Beijão pra quem leu!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Anita Obá.

A bolinha de pelo chegou.
Miou, miou.
Ficou reconhecendo a casa,
cheirando a mãe 1.
Estranhou o barulho do teclado,
ronronou no colo quente.
Seus olhinhos de cor indefinida se arregalaram,
e seu rabinho balançava rapidinho.
Comeu meio afobada,
tomou um potinho de leite.
Lambeu minha mão como forma de carinho,
apertei suas orelhinhas, acarinhei seu pescocinho.

~ Torci pras poucas primeiras horas com você se estendessem.
Prometi que conseguiria ser com você a mesma do início ao fim.
Criei uma esperança com relação a vida quando você chegou.
Que Deus (e meus atos) não tire você de perto de mim. ~

domingo, 25 de março de 2012

Pfffff, o que você quer?

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu queria poder te contar o que eu fiz essa tarde...

Coloquei música de uma época muito boa na minha vida,
acendi um paieirinho da calourada,
passei muito hidratante no corpo e no cabelo.
Fiz as unhas dos pés e testei um perfume novo no pescoço.
Vi como minhas pernas são branquinhas e finas,
costurei uma bandana pra cabeça e li Ecce Homo do começo ao fim.
Passei a tarde toda rindo do cheiro gostoso que estava no meu corpo,
eu não sabia se era o perfume, a colônia, o hidratante ou o paiero.
Tirei umas fotos muito lindas do meu quarto,
a luz das três horas fica linda na parede.

Qualquer hora aparece aí... você é meu amigo...
Tô vontade de te contar isso, seu merda!

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Hoje minha amiga foi a Pitty (hahahahaha 2005, 2006).

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Ignorem.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um pouco de sono me cai bem.

Desde pequena eu tenho um problemão com o sono. O sono até vinha, mas a falta de alguém dormindo comigo me dava crises e mais crises de insônia. Por isso dormi com a minha mãe boooas noites de sono e, as outras, com a minha irmã, fazendo campeonato pra ver quem suava mais (kkkkkkkk lembra, irbã?).

Em Pinda, teoricamente, eu nunca tive um quarto só pra mim, eu dividia com a minha irmã. Mas em casa ninguém nunca teve muito problema com o lugar onde ia dormir não. A gente gosta mesmo é de ver filme e capotar na sala, ou assistir qualquer programa de TV e dormir em um colchão sem lençol.

Aqui em São João é a primeira vez que eu tenho um lugar 'meu' mesmo. Um quarto, uma cama, a minha estante (escolhida e comprada por mim), meus livros, alguns DVD's, a máquina de costura, meu notebook... e é esse último aí que tem me ajudado muito (ele e outras coisas hahaha). Fico assistindo canais pagos 'piratamente', comendo tudo que vejo pela frente e convidando amigos pra passarem a noite em casa, tudo pra suprir essa minha necessidade de ter alguém no mesmo ambiente pra eu dormir em paz.


Por isso, se eu te chamar pra dormir comigo, não espere só sexo. Às vezes vou te pedir uma conversa amigável e uma boa noite de sono em dupla.


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Beijão pra quem leu!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Te compro te abro
tiro o selo te rasgo
te pego te ponho na boca
te acendo te trago
te sugo te engulo
pra dentro pra fora
te prendo te solto
te apago e te largo.

Cigarro.

Acorda Maria Bonita.

Hoje eu acordei resfriada. Sugando esse nariz pequeno que custava a parar de escorrer. Tirei tudo o que bloqueava minha janela e a fechei. O sol já entrava no quarto e rompia qualquer laço entre o sono e eu.

Minha cabeça havia parado de doer, mas a gastura que o refluxo e a queimação me davam era insuportável. Olhei a agenda do dia... será longo. Todavia o coração acordara feliz, assim como nos últimos dias. Ele, pelo menos, não iria doer tão cedo.

Pobre de quem nunca recomeçou. Nunca teve a cara esfregada na lama densa. Pobre não é aquele que nunca teve, é aquele que já teve e não soube lidar.

Meu corpo me pediu um tempo, disse que andei usando muito a cabeça no início e que depois, larguei as ideias e o usei (com vigor) todos os dias, como um máquina. Pobre de mim e do meu vigor.

A paixão pede passagem, mandou até mensagem dizendo que já acordou. Se o dia já vem, eu sou quem pra dormir de novo e sonhar com o outro amor? Passarei uma mensagem, linda de verdade, pra paixão que está entrando. Contarei da dor e do pobre, do recomeço e do medo. Da minha coragem e prontidão.

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Acorda vai fazer café!

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Beijão pra quem leu!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Queria ver suas mãozinhas e sentir o teu cheirinho.
Te abraçar quando abrisse um berreiro, dar carinho.

Queria sentir o amor incondicional (o qual não me condicionei).
Te dar a segurança que eu precisava quando te encontrei.

domingo, 18 de março de 2012

Domingo-feira. E todas as feiras, com eiras, sem beiras e muitas tribeiras da semana.

Aparacem mil convites. Aceito todos. Dois minutos depois eu desisto de todos eles. Dez minutos depois eu volto atrás. Três minutos depois eu entro em depressão porque não consegui sair.

Moral da história: fico sozinha o dia todo por alguma coisa estranha que aparece na minha mente e que me faz sentir vergonha, medo, insegurança toda vez que penso em sair de casa ou encontrar aquela ou outra pessoa na rua.

O que acontece: reclamo que a vida é uma merda, deito e durmo. No fim, se eu for calcular, passei mais tempo do dia esperando alguma coisa (seja ela coragem ou convite) do que fazendo essa coisa.


O que vou fazer agora: deitar e dormir.


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Beijão pra quem leu!

sexta-feira, 16 de março de 2012

O seio, quando encheu a mão pequena, arrepiou.
Subiu dos pés à cabeça uma onda de desejo e arrependimento.
O desejo gritava tanto que o arrependimento se calava.
O lençol, suado, amassava e saía do colchão.
Aquele gosto salgado já não atrapalhava mais o beijo.
Tudo era intenso. Até o jeito de pegar era mais forte.

Com a mente em outro mundo e o corpo naquele lugar,
o toque e a malícia já não eram mais motivo.
Quando o corpo se juntou à mente,
o flash do que aconteceu apagou o que passou.

O acordar junto trouxe o trauma à tona.
Mas o gosto da única vez é indescritível.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ontem eu dormi em uma palavra chamada cama,
pensando na palavra chamada homem.
Senti meu órgão chamado coração bater calminho,
achei que fosse o sentimento chamado amor grunhindo.

Eu, que andava tão sem paciência pra tal coisa, a estou fazendo.
Não sei se é bem fazer, acho que é sentir.
Uma coisa pouca ainda, pequena, lenta... sem dor.
Meu coração me agradeceu com um sorriso essa manhã.

domingo, 11 de março de 2012

Estou sendo idiota, eu sei.
Estou sendo falsa comigo, eu entendo.
Mas meu amor platônico de anos atrás está de volta.
Com cordas, teclas, sotaque paulistano e educação.

Não quero voltar pra lá pensando que isso não irá comigo.

sábado, 10 de março de 2012

Mesmo sendo assim, tão diferente, eu admito estar sentindo alguma coisa.
O gosto do beijo e a vontade de fazer tudo certo, isso me atrai.
Essa falta que a gente tem de gente, junto com a falta de fazer coisa qualquer.

Somei e deu nisso.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A mulher é

o fruto do ventre.

A dor de cabeça do homem.
O peito que amamenta o menino.
A mão que segura a criança.
O braço que abraça um amigo.
O cabelo que cheira a Floratta.
O dedo que indica o caminho.
A boca que fala a verdade.
O coração que cabe mais um.
O pé que caminha até você.
O útero que contrai todo mês.
O sorriso mais lindo que já vimos.
O sexto sentido que fareja o perigo.

Os ombros que carregam o fardo do mundo,
e a culpa por ter nascido assim... tão...

mulher, mãe, irmã, menina, amiga.



Feliz dia da mulher!

Jogo.

O mundo, cheio das suas pessoas.
As pessoas, cheias do mundo.

O medo, cheio de certeza.
A certeza, cheia de medo.

O medo hoje me disse "adeus".
A certeza encheu meu peito.
As pessoas me deram a coragem.
E o mundo me deu a chance.


A felicidade, cheia das suas mentiras.
A mentira, cheia dessa felicidade.

O tempo, cheio dos minutos.
O minuto, cheio de tempo.

O minuto me deu a ideia.
O tempo me tornou segura.
A mentira me disse "até breve".
E a felicidade, hoje, brindou comigo.

Mas, nunca.

-- Qual o problema?

- Eu tô ficando doida!

-- Não existe isso, sai dessa.

- Mas não dá pra sair dessa sozinha, me ajuda!

-- Mas não é sempre que você terá alguém pra te ajudar.

- Mas me ajuda você! Hoje, agora, não sei!

-- Mas eu não posso ser sempre isso, nossa relação não é mais essa.

- Mas você não é meu amigo?

-- Sou... mas sou só seu amigo.

- E o que os amigos fazem?

-- Os amigos ajudam!

- ENTÃO ME AJUDA!!!

-- Mas eu estou aqui, nesse exato momento, tentando te ajudar!

- Mas não tá dando, tá piorando.

-- Mas o que você quer? Que eu saia?

- Quero! E que você suma!

-- Então eu vou embora.

- Mas não é agora! Me ajuda antes!

-- O que vai te ajudar, menina?

- Ter você, como alguém, ao meu lado.

-- Você tá presa ao passado, presa no que foi.

- NÃO ESTOU. Estou presa no meu futuro, com medo.

-- Medo do que não aconteceu ainda?

- Medo do que vai ser.

-- Sem mim?

- Não, isso eu já sei como é. Medo do eu vou construir.

-- Mas isso a gente descobre vivendo.

- Mas eu não consigo viver sem alguém ao meu lado.

-- E você quer alguém?

- Não. Esse é meu medo. Sei da necessidade, sei dos poréns, sei do ridículo que isso é.

-- Mas você não sabe viver com alguém.

- Mas não quero um namorado. Quero um amigo que me beije, que faça sexo comigo, que me chame pra sair, que me chame de linda, que aceite o que eu gosto.

-- E isso existe?

- Existe! Em algum lugar do mundo... só não quero procurar.

-- Ai, eu vou embora.

- Tá, pode ir.

-- É isso?

- É. Eu precisava falar isso alto, pra alguém. Ver que as frases que eu falei sozinha são as verdades da minha cabeça. Precisava botar pra fora pra acreditar que essa é a minha verdade.

-- Tchau. Me liga quando precisar.

- Ligo.



"Ela nunca mais ligou. Nunca mais abraçou. Nunca mais viu graça no cheiro do filtro do cigarro queimando. Nunca mais tentou tirar aquela música no violão. Nunca mais quis se encontrar com ele."

quarta-feira, 7 de março de 2012

Eu odeio esse cheiro de outra gente na minha roupa.
Esse cheiro doce, que não me lembra nada.
Só me sobrou a embriaguez da noite e flashes lúcidos do que foi.
Festa linda e perdida pela loucura que é estar lá.

terça-feira, 6 de março de 2012

Engole esse choro, menina.
Seu sorriso é falso e sua lábia curta.
Seu falo é comum e seu peso é muito.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A mão que enlaça e abraça,
mais quente que o ferro no sol,
se encaixa na parte do corpo que é magra,
enquanto a outra afaga o curto cabelo moreno,
molhado pelo suor do cômodo abafado e pequeno.
Essa noite serviu pra se pensar! Se concluir. Se divertir. Se reavaliar.

Mas porque, excepcionalmente, essa noite, eu não consegui escrever?

domingo, 4 de março de 2012

Vidro das lamentações.

Porque as pessoas são tão difíceis?

Tem coisa que eu já poderia ter evitado com uma simples verdade dolorosa na cara, mas eu senti medo da reação da outra pessoa e aveludei a história.

Devia existir um manual, ou uma cartilha, que explicasse ao mundo que a verdade é essencial, que é preferível sofrer (ou sei lá) com uma verdade doída e humilhante do que com uma mentira doce e macia.

Já menti muito nessa vida, manipulei, omiti pra ser a santa e sair por baixo liiiinda na história (bem Maria do Bairro). Isso é fato. Mas as pessoas tem mentido (principalmente omitido) tanta coisa pra mim nesses últimos tempos, que eu tenho me sentido uma pessoa de vidro (ou cristal, que é mais chique)... ninguém pode chegar perto sem me lamentar pela minha situação (que eu ainda não sei quão miserável é pra ser tratada assim) porque eu sou de vidro! Preservem esse vidrinho!

Poxa, eu já tô velha nisso! Já estive em vários lados da mesma história. Mas agora, eu sei que já estou no lado dos 'de boa'. Não dos conformados (que seria muito conveniente), mas do que não estão esperando nem procurando nada, e que estão felizes, muito bem com o que tem!

Não sei o motivo desse texto (nem o porque eu continuo tentando escrever todos os outros), só sei que não quero mais ser a coitada disso. Quero ser Paola Bracho, na minha, dizendo: A honra é uma coisa muito elástica e convencional, queridinha! (viva Paola Bracho e minhas piadas sem graça)


Beijão pra quem leu!
ela chegou e ele saiu.
não sei se foi falta de educação,
ou se ela pesava o ar.

mas ele saiu.
ela se esqueceu várias vezes que ele lá estivera,
até quando ele lá estava.

ela se sentiu mal,
foi a primeira vez que o coração não acelerou,
e que ninguém a olhou com pena.

mas ah, a pena!
essa a acompanha em todos os caminhos,
mesmo ela não merecendo mais esse sentimento maldito.

pena de que?
a vida tem altos e baixos e o tempo (aquele grande amigo),
que cura qualquer ferida.

até a ferida que ela achava ser enorme,
que ele entendia e se redimia a cada segundo,
já foi fechada pelo tempo.
e daí que eu consegui?
sempre tem um cara,
aquele tipo figura,
que te faz lembrar do que já foi.

não faz falta?
não dói?
não posso mentir,
mas me deixa!

me deixa agir como minha mente pede,
não me entorpeça com mil palavras bêbadas,
eu estou conseguindo sozinha.
quer mais? eu já consegui.

agora tenho novos problemas,
mas problemas leves.
tenho o frio na barriga
e aquela amiga que de vez em quando dá uma flor que parece rosa.
eu quero fazer arte pra inspirar
pra poder mentir, pra poder foder.

eu quero ser artista pra analisar
pra poder mentir, pra fingir ser.

eu quero ser alguém que eu não entendi
pra poder mentir, pra poder esquecer.

eu quero ser eu mesma por que já sei o caminho
pra poder mentir, pra poder entender.

talvez eu só queira uma outra vida,
ou ser igual a quem não sente nada.
nem a pedra que do coração tira sangue,
nem saudade daquilo que já foi um dia,
nem raiva pelo tempo determinado pelo acaso.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Mesmo não sendo nada, já é alguma coisa.