sexta-feira, 30 de maio de 2014

Ponto De Vista

É muito ruim ter um ponto de vista diferente das pessoas ao redor. Pior ainda é se perder no ponto de vista dos outros. Tenho enfrentado momentos repetitivos de ruptura por diferença de opinião. Ao mesmo tempo, tenho podado minha personalidade, que já foi forte, em prol da "paz eterna". O problema é que chegou o esgotamento, a falta de vontade de insistir e curar os mal entendidos com um "tudo bem". Não devia ser problema querer caminhar com as próprias pernas. Não devia me fazer perder o sono esse sentimento quase certo de estar próxima a mudar de vida. Não que eu não deva me preocupar, de fato devo, mas eu não devia deixar de lado o meu crescimento também. Me perdi nos meus gostos desde que me mudei pra cá. Namorei tilele, cara safado e mauricinho. Fiz amigos possíveis e impossíveis, leves e insustentáveis. Não carrego nenhuma saudade dos meus ex's, e tenho a sorte de ter bem próximos a mim os amigos mais queridos. Mas é ridículo ignorar que todos eles estão em mim, amigos e ex amores, impregnados em algumas açoes, escondidos em novos conceitos que agreguei pra mim. E porque temos o costume de nos afastar e de não sentir falta de quem é tão oposto de nós? A vida se resume MESMO em definir como amigos aqueles que são nossa cópia, nossa versão em outro corpo? Ou até mesmo tratar grandes amigos como um só, como se ali não houvesse nenhum ponto discrepante? Será que quem age assim não percebe que essa reação diminui a individualidade dos amigos e cria um atrito imaginário, uma nuvem cinza que mistura os sentimentos no cérebro? Ainda estou confusa sobre quem sou eu em mim e quem são eles em mim. Meu medo é descobrir quem sou eu e, novamente, haver uma ruptura.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Sentido Das Coisas

Falta. Falta saber o sentido de tanto trabalho, de tanto esforço e dedicação. Parece que todas as contas que eu faço são pra arder o estomago de raiva, por concluir o tanto de dívida que consegui fazer nos últimos anos. Há 3 semanas ando pensando no rumo da minha vida, mas não consigo me mexer, não consigo pensar no que eu quero fazer, nem com quem. Planejo uma viagem longa pra um lugar onde só tem água e sol, e desejo que o sentido da minha vida esteja escrito ali. A gente se doa, se dói. Calcula os passos e palavras por pessoas que tropeçam em cima da gente, pisando na garganta e no coração. Tantas pessoas me abafaram que me sinto cozida na minha própria vontade. O que estou fazendo??? O que estou fazendo aqui? Sinto uma vontade imensa de fugir, de ser mais nova ou mais velha, só pra testar todas as idades, momentos. Pra saber a hora que vou me sentir em paz. E que essa paz não esteja na morte, porque a liberdade não pode ser assim, tão triste. Que vontade de acreditar nos elogios da minha mãe, de me sentir mesmo capaz de fazer qualquer coisa. Que vontade de me ver esforçada, assim como ela ve. Parece que sempre posso mais, devo mais... Mas nunca chego, não consigo. Que vontade de estar na minha casa, pra não sentir essa dor de segurar o choro na garganta. Que vontade de mandar a injustiça e falsidade tomar no meio do cu.