segunda-feira, 30 de novembro de 2015

CIDADE I

Vi gente sendo ajudada na madrugada de sábado pra domingo, vi gente ajudar. Vi gente acompanhar um cego por três faixas de pedestres, vi o cego sorrir. Vi gente se desentendendo e estreitando ainda mais os laços, vi gente discutir sem alterar a voz. Vi gente sendo sincera sobre o machismo naturalizado em si, vi gente mudar de postura. Vi um tanto de caixas cheias de palavras duras precisando sair de dentro da minha cabeça, vi três ou quatro irem embora. Vi o tanto de ideia boa que pode surgir do ócio, vi que posso descansar sem me culpar. Vi que posso ser quem eu quiser, vi que sempre fui outra pessoa.

É de esperança que o coração vive!


(Devia ser só amor dentro dele)
(Que as malcriações vire exceção e a gentileza predomine)