Ela o viu como um estranho. Cabelo diferente, jeito diferente. Parecia ser mais um drogado, desses que andam falando o que pensam por aí, com suas teorias e idéias na ponta da língua, prontos pra atacar quem passa. Se vestia como um cara que não liga pra nada, como quem quer e não quer ser notado. Ele era mesmo um estranho.
Ele a viu como uma chata. Com um olhar superior aos outros, como cara de ter 25 anos, com vitórias e derrotas no currículo, sentindo-se ridícula fazendo o mesmo que os outros que estavam ali.
Trocaram duas ou três palavras sobre tatuagens, sobre nomes, cidades, idades.
Mesmo depois de vários papos e conversas, um não entendia o outro. O que ela pensa? O que ele quer? No que vai dar? Talvez tenha sido isso o que ligou um ao outro. O mistério do não saber.
A coisa mais importante que ele não sabia sobre ela, é que ela foge. Ela não se arrisca. Ela some.
---
Continua...
Beijão pra quem leu!
2 comentários:
Quem sabe um dia ela pare de fugir e resolva se arricar. Seria tão bom pra ela.
Ela vai tentar... ela vai.
Postar um comentário