segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Chega logo 2013.

E que me traga muita paz. Sorte nas tentativas de brilhar. Distância daquilo que me faz mal. Um amor que valha a pena confiar. Um corpo esbelto. Aquela câmera fotográfica. O ombro amigo. Um pacote infinito de lenços descartáveis. Coragem pra terminar esse enrosco. Alegria pra sumirem as rugas de sofrimento. Estomago pra vencer o estresse. Amor pra matar o tédio. Leveza pra matar a vingança. Saúde mental pra matar a crise. Voz pra dizer sim. Goela pra dizer chega. Dinheiro pra deixar o riso menos tenso. Tempo pra comer e amar. Saúde, amigos, pazes, perdoes, surpresas, presentes, alegria e, claro, inspiração!

domingo, 23 de dezembro de 2012

É tanta raiva reprimida,
tanta tristeza mal chorada,
tanto medo escondido,
que quando alguém se vinga
o gosto do veneno escorre pela minha boca.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Para aqueles que não são.

Se montou e foi viver o que imaginou.
Teve crises que não existiam,
se emocionou com o que não viu,
perdeu o que não tinha.

Saiu da armação pequena,
largou a calça jeans.
Queimou suas calcinhas,
fez das camisetas remendo.

A flanela lhe caiu bem,
menos o som que também te desagrada.
Gastou uma fortuna de saúde,
pra ser hoje esse nada.

Biscoito de vento,
Ctrl C, Ctrl V.
Te chamo de sombra,
de alguém que não se vê.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quem Eu Amo Hoje.

Não me julgues louca ou insensível
Se o coração em mim não manda.
Calo minha boca ao falar de amor,
Suo as mãos ao pensar nessa solidão compartilhada,
Que não é triste nem vazia, não é como amor ou compaixão.
Se enquadra no amor de uma noite só,
Na história efêmera de amar enquanto deve.
Um amor fênix, onde o fogo é o álcool e as cinzas a ressaca.
Se conseguires entender o que se passa
Talvez meu semblante mude.
É duro ser culpada por não amar,

Quando sei que sou eu quem vive o amor!

O Que Basta?

Andei muito tempo sozinha nesses ultimos meses por vontade propria. As vezes, penso que sinto vontade de ter alguem do meu lado pra me apoiar, acelerar meu processo de autoconhecimento, dizer que acordei linda e que sou muito, muito foda. Mas esse pensamento sai da minha cabeça quando penso que ja tenho tudo isso, soh me basta valorizar esses simples momentos sem pirar pelo medo de ficar sozinha. Não sei direito o que eu queria postar.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Como se sai de casa.

Tenho acordado sem muitas vontades. Vou ao banheiro e mato uma, volto pra cama e imagino a outra. O céu cinza me faz lembrar de casa, da época da vaca gorda, da escola ao lado de casa e da minha antiga competência acadêmica.
A falta de rotina me deixa bitolada, me tirou o sono de semana passada, a vontade de comer nessa semana e a coragem de fazer planos. Até mesmo os planos de curto prazo.
Mente vazia, oficina do diabo. Se for verdade, já tem apresentação marcada dessa oficina, sem data pra sair de cartaz. Se existe diabo, é ele quem suja minha louça, meu chão e minha roupa. Minha casa está um caos que eu cansei de arrumar, de amar.
Não querer sair de casa já fez aniversário, quase dois meses me excluindo do mundo, fugindo dos abraços que tem  me parecido forçados e correndo dos meus compromissos. Incontáveis as vezes que saí de casa e não passei da esquina.

A 'não vontade' das coisas me força agora a parar o texto por aqui.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dethalhes.


É o êxtase do sexo com o cheiro de cigarro impregnado no quarto. As mãos trêmulas, ainda bobas, procuram a garrafa d’agua esquecida no chão. O cabelo grudado na cara atrapalha olhar as horas, mas o tempo praquilo não tem hora. Por convenção ela se veste e vai lavar o rosto, a luz do dia a repele. A certeza do incerto é a base, a sinceridade e a impulsividade são a liga.
A liberdade de acordar amanhã e ir embora sem ter que fugir ou faltar com a educação de não aceitar um café faz o imã da cama funcionar. As cores de Nanã acalmam os olhos, e a leveza do sentir preenche a alma, que ficou vazia de tanto dar amor.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Saudade de quando morar fora era só desejo.
De quando eu sentia falta do meu amor.

Agora nem um amor eu tenho.
Só saudade da família, do cachorro,
do primo.


Saudade de quando eu sabia escrever.
Se é que soube um dia.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Um aviso pra mim:

Se você não aprender a seguir seu gosto,
seus desejos morrerão,
assim como suas chances.

Então pára de seguir a maré,
fica no teu rio,
pesca o teu peixe.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Agora é a vez das loucas.

Eles se apaixonam pelas loucas!
Os amores pra elas efêmeros,
a noite que pra elas é dia,
e os olhos. AH! Os olhos!
As loucas tem os olhos mais lindos que você já viu!
Elas parecem boneca
mas bebem como um camelo.
e a cabeça. AH! A cabeça!
As loucas tem um turbilhão de pensamentos!
Sabem não pensar em coisa errada,
sempre tem uma saída.
Saem sempre que se enrascam.
e os braços. AH! Os braços!
As loucas tem os braços que as fazem voar!
Elas somem no mapa e mantem contato a discreto,
Fogem do medo que sentem de ficarem sãs.
e as desculpas.

AH!

desculpa...




--
Talvez eu vire louca.

domingo, 8 de julho de 2012

Desejos.

QUE OS BABACAS DE MESMO NOME MORRAM,
que parem de mentir e comecem a agir.
O que foi dado não pode ser negado,
mas o que nem foi pensado, meu filho,
vai chegar na boca do povo mais rápido que sua mentira.

QUE AS MULHERES NÃO SEJAM MAIS TROFÉUS,
e que os homens murchem o ego e o 'próprio umbiguismo'.
Que os assuntos de mesa de bar sejam trocados,
que o falso coito e bunda saiam de pauta,
e que o sexo seja livre de tabus... mas o sexo real!!!


QUE A VERDADE VENHA A TONA!
Que as mentiras faladas por um cara babaca não mais me atinjam,
e que esse cara sofra... porque é feio, burro, mal amado e mal criado.


QUE os caras bonzinhos saiam do coma induzido pra dizerem palavras lindas pra priminha que não aguenta mais mentira.
E que os babacas saiam do coma social! Queimem seus abadás alargados e aprendam o português correto!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Meu namorado é um gigante!

a arte do bate papo
so quem sabe é gigante.
não é so papo furado,
claro que tem um remendado,
um papinho esgarçado,
mas é tudo estudado.

teve um dia que na surdina,
um homem agachou ao meu lado,
me analisou bem de pertinho,
sentiu aquele perfuminho
e com coragem e um bafozinho,
po-se pianinho.

Homem bom, era Geraldo,
com o joelho envergado,
com o rosto já corado
e com o copo esvaziado!
falou que era gigante,
que aprovava minha amante
e que eu iria roubá-lo

louca é monique que acha bebida um saco.
quando entra no boteco,
so se lembra do maneco,
berrando como um marreco
'cadê o meu caneco?'

menina boa sempre sai acompanhada.
chega em casa com o sino,
de um lado um menino
e do outro a cachaça!
mas sem Geraldo menina foi,
no coração a saudade,
de ser a amada de Geraldo enquanto ele esteve na cidade.


(Poema pro cara mais massa que conheci essa semana, G. G., no Rango Louco)

sábado, 9 de junho de 2012

Ontem pensei em escrever sobre o amor.
Acabei vivendo o instantâneo,
sem parar pra escrever.

Tenho levado tudo sem pensar,
sem desejos grandes,
mas sempre almejando crescer.

Pensei, dia desses, em como tudo mudou.
Meus erros já foram entendidos
e todo perdão do mundo já foi dado.

Talvez o ritual de passagem que me foi dito
seja essa vontade de esclarecer o que foi,
de entender o que sou;



e isso não é uma poesia.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Quando o corpo não ajuda a mente fraca,
o coração dispara
e a expressão de medo não consegue sair da cara.

A tensão e o suor ficam pra fora,
o estomago esmaga qualquer palavra,
e a sensação de impotência exala.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Parabéns, Gi!

E o menino cresceu.

Agora anda sozinho na rua,
toca com pedal duplo,
produz e monta banda,
fala com voz grossa,
me abraça lá do alto,
me ama como sempre.


Parabéns, pequeno. Te amo todo dia, um amor que cresce de forma geométrica!
É, sua irmã que ama português e ensina matemática precisa usar, de alguma forma, princípios matemáticos pra explicar esse amor.


Amo e amo você, coisa linda.
Esse é o tipo de amor que merece ser arquivado, porque não morre, não definha, nem enjoa.


Só quero teu bem <3
A poesia pras coisas é a unica que não se perde.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Como se ama?


Me dá vergonha ser tão idiota. Hoje eu perdi a chance de guardar pra mim meus problemas, e gastei verbo de uns dos poucos amigos que eu tenho. Eu sou descontrolada, e o que todo mundo entendeu como crise de menina mimada, foi soh meu jeito de reagir com a minha santa insignificância.

Eu quero trabalhar! Quero que meus pais sintam orgulho do meu trabalho. Mas pai de artista não tem muito do que se gabar. A arte é tão relativa que nem sempre é considerada arte.

Hoje eu to escrevendo esse post com a vista toda embaçada de tanto chorar, pensando no tanto que eu perco da vida falando as coisas que eu penso e tentando me socializar. Eu sou fraca e me magoo muito. Fico engolindo sapo, pensando que já já volto pra São João e posso me trancar no quarto de novo. Enfrentar as coisas tem ficado dificil, e depender do ouvido dos outros nunca foi papel pra mim.

Me sinto mal principalmente por querer ir embora sempre que venho pra cá. Parece um egoismo tão grande, que vai me corroendo sentir essa vontade. O fato é que eu não sei agradecer nem ser fofinha. Eu sinto vergonha de dizer que amo o povo de casa, preferia dar algum presente ou fazer alguma coisa de presente pra eles... mas não tenho dinheiro nem confio nas coisas que eu produzo.

Queria confiar no meu taco, fazer as pessoas entenderem que uma patada vinda de mim pode ser a maior prova de amor do mundo, e que se eu não to indo atrás da presença delas, é porque tenho a certeza de que elas estão e ficarão melhores sem mim. Mas, infelizmente, ninguém é obrigado a entender.

Eu preciso aprender a amar do jeito comum.

terça-feira, 29 de maio de 2012

A tentativa.

Com toda a mídia em cima do assunto por causa da Xuxa ter revelado o que revelou, por causa da Marcha das Vadias ainda fresquinha e pelos debates sobre a culpabilização da vítima, resolvi falar aqui um pouco sobre o que aconteceu comigo.


Eu fazia cursinho perto do viaduto principal de Pinda, então passava debaixo dele toda manhã. Em uma manhã em específico, meu pai me deu carona até o meio desse viaduto, me restando apenas atravessar a linha, cumprimentar alguns sem teto e ir para o cursinho.

No meio desse trajeto, um cara com os seus 40 e poucos anos, bonitão, bem arrumado e alto, me abordou. Me empurrou contra a parede e tirou minha blusa. Jogou no chão tudo o que eu tinha no colo e tentou tirar o resto da minha roupa enquanto dizia mil coisas obscenas no meu ouvido.

Por sorte, nessa época eu ainda era a rainha da simpatia, então todos os moradores de rua tinham meu rosto gravado na cabeça. Um deles me reconheceu e segurou o cara. A esposa dele me ajudou com a roupa e as apostilas. Os outros começaram a correr atrás dele, já que o primeiro 'anjo' não conseguiu segurá-lo por muito tempo.

Ainda em choque, fui para a aula. Lá sentei e fiquei por 2 minutos. Um sentimento de culpa, vergonha, nojo, medo e raiva tomava conta de mim. Infelizmente o sentimento de culpa era mais forte, e isso foi me corroendo a manhã toda, o dia todo. A ficha caiu assim que eu vi meu ex namorado (que na época era ficante) entrar na escola. Eu já havia ligado pros meus pais, meu pai já estava a caminho, e a tentativa de abraço do inspetor foi a prova viva do começo de um grande trauma que eu tenho: o toque!

Passou pela minha cabeça por vários meses que a culpa era realmente minha, aliás, calça de moletom sempre me deixou bunduda e a camiseta do São Paulo é praticamente um cartaz escrito "ME COMA COM VIGOR!". Mas aí o tempo foi passando, e a noção de que AQUELE cara em específico, era um babaca, me ajudou a sair da fossa.

O toque ainda é estranho pra mim, calças de moletom, camisas do São Paulo e viadutos, também. Porém, hoje, eu já consigo trabalhar isso e distinguir um bom toque à uma ameaça.

Acho válidas discussões sobre o assunto, e agradeço a qualquer energia extra-terrena por ter sido apenas uma TENTATIVA naquela manhã (que, além de tudo, era dia do aniversário da minha irmã).


Um beijão pra quem leu!

domingo, 27 de maio de 2012

Não há coisa melhor que o amor de uma noite só.

Ao contrário.

Podei o mal pela raiz,
todo o começo,
um movimento intenso,
prevenindo o contrário do feliz.

Fugida, com o coração na mão,
me entreguei à arte,
daquela que está em toda parte,
esperando o contrário do não.

Procurando sempre um rumo,
me senti incapaz,
esqueci de ir atrás
de um lugar contrário no mundo.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A paz.

Não existem pessoas como eu,
ou pessoas como você!
Simplesmente existem pessoas.

Não existem homens ou mulheres,
não existe um nós ou um eu,
não por muito tempo.

Tudo na vida é inconstante,
e quando você entende isso,
quando se encontra na inconstância,

se sente a paz.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ninguém me mudou,
ninguém te mudou
a não ser você.

Corra atrás daquelas verdades,
as suas verdades tao nítidas
limpas, brilhantes e polidas.

Ontem caiu minha ficha
sobre o tempo e a vida,
tudo está pleno e já vejo o horizonte.

Passou rapidinho a tormenta,
como diz minha mãe:
às vezes o diabo atenta.

domingo, 13 de maio de 2012

É dia das mães!


Quantos filhos já te deram parabéns hoje?

terça-feira, 8 de maio de 2012


O anjo negro trouxe a calmaria.
Tirou de mim a chance, deu a ele o amor.
Deu a mim a esperança, tirou do amigo o chão.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ai.

Se te dei um beijo foi porque eu quis.
Te pedi licença porque foi preciso.
Moço, entenda que te quero junto,
e não te quero meu.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Não quero rodear ninguém.

Ela não pensou em nada. Na verdade, havia tirado o final de semana pra descansar a mente e trabalhar o corpo. Saiu a procura de gente pra conversar e álcool pra virar. Tinha companhias excitantes, com um papo delicioso e uma trilha sonora que a fazia lembrar de quando era adolescente e nenhum problema no mundo existia.

A liberdade que ela sentira no momento em que ele a puxou foi estranha. O tempo inteiro ignorando o interesse por pensar demais nos bons costumes e na moral, e com um puxãozinho tudo foi por água abaixo. Da garagem ao corredor, muitos tropeços ao desabotoar a camisa e tirar os sapatos de um jeito afobado. Quando entraram no quarto, ela pensou mais uma vez em tudo que poderia acontecer... nas ideias que teriam, no jeito egoísta que as pessoas olhariam a história... Mas se lembrou que o ser humano só é feliz quando assume seu lado felino.

Até relaxar a mente e aproveitar o calor, levou um tempo. O álcool assumiu o controle durante esse tempo (e em alguns outros minutos), deixando-a em um nível de tranquilidade mais prazeroso. No momento em que dois corpos se atraem, não existe árvore genealógica, ética e moral nem bom senso. Se as duas pessoas querem, e se não estão chocando, invadindo ou ofendendo ninguém, não há porque domar o prazer, nem os sentidos.

Dias se passaram e nenhum arrependimento havia batido. A certeza dos seus atos havia voltado, e tudo o que ela fizera até então tinha sido tomado como correto. Porém, quando a certeza toma conta, uma chuva de incertezas cai, mesmo que não sejam suas incertezas. Palavras sujas, de desgosto e ressentimento foram ditas a ela, como se merecesse ouvir boas 'verdades' por agir livremente. O libertino falando da Lolita. O sentimento de posse do eixo da Terra, quando o único espaço físico que podemos dominar é o nosso corpo.

Ela continuou firme, pois só aqueles que tem a certeza dos seus atos segue firme no diálogo. Em pouco tempo as devidas desculpas foram proferidas, e a vida que seguia livremente, tomou um pouco de ponderação. Existem certas atitudes que atingem outras pessoas (pessoas que já foram muito atingidas, ou que são muito fracas), e querer ser correto exige pensar também em quem é atingido. Pensar que o ciúme do outro pode virar um câncer, ou que a raiva daquele pode estourar uma veia na cabeça.


Ela, livremente ponderada, pensando em tempo integral, pede desculpas. Mas também não se esquece de dizer que gostou muito, e que não está arrependida.


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Talvez se torne o conto da minha vida.

Retrato falado (escrito).

Texto escrito há 1 ano atrás. Era uma menina baixinha, porte pequeno (de nariz e sutiã), o cabelo bem pretinho, meio curto meio médio, com um sorriso gigante e uma unha roidinha. Me falou de poesia fraca e escrita curta, acho que é meio insegura, e se acha muito esperta. Bateu minha carteira, com coração e CPF. Acredita que ela me ligou e disse: Toma tento!!! E tem jeito? Se meu coração não tá na mão, nem documento, nem certidão, como vou pensar na solidão? Vem cá, guria, me dá a mão. Chega de rimar amor com 'ão'. Comigo você rima paixão com 'inho'. Era um menino meio baixo, porte médio (de barriga e de cintura), o cabelo preto, meio médio, com um sorriso pequeno e unhas de guitarrista. Me falou de natureza rica e escrita boa, acho que é bem seguro, não sei se é esperto. Bateu a minha noite, com papo furado e cerveja. Me ligou dizendo que desistiu. Eu pensei: OUTRO! Se eu não tenho coração, só documento e certidão, como vou pensar em uma paixão? Vai lá, guri, solta minha mão. Chega de rimar amor, chega de rimar paixão. Vai viver poesia sem rima, Vai viver sem poesia!

Decisão de hoje:

Decidi! Tá decidido, finalmente!
Eu decidi o que eu quero,
e eu quero é ficar assim!

Mesmo que a solidão por opção seja antiga,
the old is cool, e eu quero ser cool.
Talvez eu seja cool (pra outros, cu).

Eu vi aquele filme e fiquei assim,
ouvi aquela música e decidi.
Bom dia, vou repetir!

Eu decidi!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Se o mundo é mesmo livre,
se livra das ideias umbigais,
e me deixa conhecer as bocas que me atraem
e as ideias que me excitam.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Essa saudade amargou meu peito.

E eu tô quase desistindo da surpresa e indo embora! É tão mais fácil largar tudo no mundo e voltar para aquilo que te faz bem. Hoje minha mãe disse coisas lindas pra mim, coisas lindas sobre como estão por lá. E a saudade foi tão gritante, que meu ouvido doeu de imaginar a força da minha voz num berro dizendo: EU QUEEEEEEERO VOCÊS! Estou em uma crise poética, escrevendo constantemente textos sobre auto-confiança. E onde ela está?

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Verdade?

Existe uma palavra que se chama verdade.
Um dia, uma menina com nome de fim, resolveu procurar a verdade, a sua própria verdade. Ela se juntou com grandes amigos, aprimorou seus dons, criou um gato, plantou uma árvore e começou a escrever um livro. Tudo ia bem, tudo fluía fácil conforme o cronograma colado na parede. A vida voara de forma fácil por um mês. Outro dia, a mesma menina com nome de fim, foi olhar seu caderninho de poesia. Leu três textos escritos no último mês. TRÊS TEXTOS sóbrios. A menina só percebeu ali que ela mentira pra um amigo quando disse que a inspiração está ligada a ordem. A inspiração é a desordem, é o caos da vida! Não se inspiram os que não se apaixonam, os que não se permitem. A menina, agora, ama o caos, ama a vida. Ela consegue ver beleza no amor dos outros, porque se é assim que os outros são felizes, é assim que ela terá de ser feliz. A menina se dá mais chance, se permite. Mas ainda assim existe dor, e essa, meu amigo, não é emocional, é física, e é por isso, meu amigo, que ela não se esquece. O finzinho já se sabe: ela perdoou de verdade.

Sina.

Menino, entenda minha sina:
Nasci mulher e vou morrer menina.

Em termos de ódio,
no meu coração só cabe paz.
Você precisa aprender, rapaz.
Não é o seu amor de peito e bunda!
No amor tem paciência, carinho.
Tem toque, tem beijinho,
tem bom humor e confiança.
O amor é detalhe, é papinho,
é cabana e segredinho.

Pingo no I

O amargo da ressaca foi a primeira coisa que ela sentira. Um vizinho colocou Motorhead pra tocar no volume mais alto e, quando a insanidade do dia anterior voltara à cabeça, ela entrou na página maldita. Era dele. De novo ele dizia que ela sofria demais, pensava demais. De novo ele vinha com fé e esperança. Parece que ele ainda não entendeu o problema, ou a dor que isso causava nela todo dia, ainda mais nesses dias, ainda mais nessa semana. Se ele contasse os dias e os meses, entenderia a perda de controle. Se ele contasse a verdade pra muitos, ela deixaria de ser um passado pesado, e se tornaria só um passado triste, mas que de vez em quando o abraça como alguém do presente, ou uma conhecida do futuro. Ele devia parar de olhá-la de cima, devia parar de filosofar sobre isso e dizer mentiras blasés sobre o que se passa na cabeça dela. O melhor assunto não é a vida dela, e sim, o coração nômade dele.


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http://endquepensa.blogspot.com.br/2011/05/e-o-amor-nao-volta-mais.html

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Assistindo a vida não andar pra trás.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Homem poeta.

Com toda sua ginga e pinto mediano,
o homem poeta vai à caça.
No melhor boteco ou numa festa alternativa,
lá vai o homem poeta.
Ele não se contenta com a comum,
o homem poeta vai direto na musa.
A musa que se faz de difícil,
e dali duas cachaças se derrete.
O homem poeta se apaixona,
dali duas semanas se esquece.

Com toda sua pompa e palavra bonita,
o homem poeta se diz livre.
Mas que liberdade é essa, seu poeta,
que te impede de ficar sozinho?
Óh, homem poeta, porque fazes assim?
Outra musa magoou.
Ah, homem poeta, porque és tão ruim?
Me conte mais sobre teu novo amor!


~ Homem poeta, quero confessar que eu cresci e sei fazer poesia. Sei me deitar sem amor e viver sem afazia. Quero dizer que te queria como um grande amigo. Mas de você sou diferente, não sei olhar só pro meu umbigo.

sábado, 21 de abril de 2012

Conversa de botas batidas.

- Mas se cansei, quer dizer que fiquei mais esperta, serve de alguma forma pra nada disso se repetir e eu ficar mais forte.

-- Serve pra muita coisa no final das contas. Talvez você demore muito pra saber no que vai servir, mas sempre tem uma utilidade e nisso eu acredito muito. Não consigo imaginar coisas que acontecem simplesmente por acontecer, elas acontecem, sim, quando devem acontecer, mas acredito num por que. Às vezes é um pensamento meio bobo, mas eu não consigo ficar sem acreditar em nada.

- Você tá certo. Acreditar em qualquer coisa faz bem e quando a 'coisa' é essa sua teoria, reanima, 'realegra'.

-- Dá uma esperança gigantesca. E não ter esperança é uma morte formal.

- E de morte, a vida já tá cheia!


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Bate-papo com o Gustavo Pavan .
Não quero ser tua tormenta,
nem o que te atormenta.

Quero ser seu passado pesado,
e seu futuro leve.

Preciso ficar longe,
senão a amizade vira nojo.

Eu quero é paz,
e se paz, perto de você, não existe,
eu quero ir pra longe.


"Abra as asas e levanta voo! Não vá para longe, não fique sozinho. Todos temos asas presas no mundo, esperando outro passarinho voar ao nosso lado. Tem dia que passarinho quer, tem dia que passarinho não quer.
Tem água que passarinho não bebe e, quando bebe, voa sem pensar, sozinho ou mal acompanhado.

Voa passarinho, voa! Só não se perca com o vento."
O pior de tudo foi sofrer calada.
Quando já estou em alfa me vem na mente aquela ideia, e o sonho acaba se tornando o passado interrompido misturado com a vontade do que não vou ter.
Acordo chorando, precisando. Mesmo sem amar quem estava comigo nisso eu preciso de um abraço, de carinho antigo pra ajudar a matar (de novo) o que passou. Mas ninguém entende.
Não que eu seja uma adolescente inconformada, sei que sou uma adulta resolvida (finalmente) e plena. Só que também tenho minhas mágoas, e acabei sendo largada, com essas mágoas, em um poço fundo e cheio de esquecimento.
Devia existir uma balança na mente de cada um, onde se pesaria a importância de um abraço ou a importância da compaixão.
Por mais leve que eu esteja, essa falta de ódio ou rancor me assusta. Não dá pra continuar saudável com as pessoas pisando e te usando, te procurando quando tem vontade e te trocando quando enjoam. Preciso odiar, sentir ciúmes, saudade ou inveja.

Aquela confusão interna e a busca eterna se cessaram. Amar a vida, hoje, tem muito a ver com esse bichinho lindo que veio pra casa. A Anita me fez prender os pés no chão de novo, e me deu uma nova opção de futuro pra compensar a falta de poder.



~~~ Pra não mentir, sinto saudade sim... da outra gata. ~~~

terça-feira, 17 de abril de 2012

É menino ou menina?

Bate o arrependimento toda vez que acaba o filme,
sobem os créditos e o grau de desespero.
Deitada, sinto na perna um gatinho ronronar,
é menino ou menina?
Qual seria a tua cara e o meu zelo?
O gato vem pra minha nuca e na cabeça a ideia grita:
é só a Anita, só Anita.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pra que dormir se o que eu vivo já é um sonho?

Não há mistério.

Se disseres mais uma vez que sou misteriosa,
irei lhe presentear com um belo chute no saco.
Não há mistério algum no que faço, é sempre o mesmo:
sofro, consigo, enjoo.
Dê-me dois dias e meu coração estará em você de novo,
não com um amor de mulher pra homem,
mas com a consideração de alguém que te quer por perto.
Não há título para minha posição...

Só sou uma amante constante castigada por Deus com uma timidez incrível,
que precisa de tempo pra dizer que sim, eu quero ser feliz.


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Beijão pra quem leu!

domingo, 8 de abril de 2012

Do canto.

Gosto do cantinho,
de me enfiar no vão da cama,
entre o cara e a parede,
no lugar mais quente.

Gosto daquele espaço vazio,
mesmo que pequeno,
o mais confortável,
isolado e acompanhado.

Gosto de dormir primeiro,
com carinho no cabelo,
respiração na nuca,
e mãozinha no peito.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Que a natureza me guie nítida como minhas ideias,
que meus cabelos estejam sempre na cabeça,
que o corpo sustente essa leveza,
e que a mente permaneça lúcida,

Amém.

terça-feira, 27 de março de 2012

Anita me deixando boba.

A luz do meio dia que entrava pela janela da sala estava forte. Deu pra ver que os pelinhos do rosto dela estão ficando amarelinhos, então ela vai ficar sardenta tipo a mamãe I aqui.
Ela está conhecendo as garrinhas agora, ficou desfilando a tarde inteira no sofá, grudando, desgrudando e se prendendo no estofado. Eu vi que as patinhas dela ainda são fininhas e rosinhas.
Percebi que o meu colo, pra ela, é sonífero, e que eu passaria todos os dias, o dia todo, fazendo carinho nessa bolinha de pelo.
Os brinquedinhos que eu fiz essa madrugada pra ela são engraçadinhos. Tem sininho, paninho, lãzinha. Tudo bem 'Inho' pra Anitinha. Ela brinca, para, dorme, come, dorme.
Noite passada ela dormiu na caixinha, acordou cedinho e foi para o sofá sozinha. Acordei com ela dormindo no meu cangote haha.

Eu tô boba com isso.
É tipo ter um filhinho, que você ama muito e quer muito bem.


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Beijão pra quem leu!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Anita Obá.

A bolinha de pelo chegou.
Miou, miou.
Ficou reconhecendo a casa,
cheirando a mãe 1.
Estranhou o barulho do teclado,
ronronou no colo quente.
Seus olhinhos de cor indefinida se arregalaram,
e seu rabinho balançava rapidinho.
Comeu meio afobada,
tomou um potinho de leite.
Lambeu minha mão como forma de carinho,
apertei suas orelhinhas, acarinhei seu pescocinho.

~ Torci pras poucas primeiras horas com você se estendessem.
Prometi que conseguiria ser com você a mesma do início ao fim.
Criei uma esperança com relação a vida quando você chegou.
Que Deus (e meus atos) não tire você de perto de mim. ~

domingo, 25 de março de 2012

Pfffff, o que você quer?

sexta-feira, 23 de março de 2012

Eu queria poder te contar o que eu fiz essa tarde...

Coloquei música de uma época muito boa na minha vida,
acendi um paieirinho da calourada,
passei muito hidratante no corpo e no cabelo.
Fiz as unhas dos pés e testei um perfume novo no pescoço.
Vi como minhas pernas são branquinhas e finas,
costurei uma bandana pra cabeça e li Ecce Homo do começo ao fim.
Passei a tarde toda rindo do cheiro gostoso que estava no meu corpo,
eu não sabia se era o perfume, a colônia, o hidratante ou o paiero.
Tirei umas fotos muito lindas do meu quarto,
a luz das três horas fica linda na parede.

Qualquer hora aparece aí... você é meu amigo...
Tô vontade de te contar isso, seu merda!

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Hoje minha amiga foi a Pitty (hahahahaha 2005, 2006).

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Ignorem.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um pouco de sono me cai bem.

Desde pequena eu tenho um problemão com o sono. O sono até vinha, mas a falta de alguém dormindo comigo me dava crises e mais crises de insônia. Por isso dormi com a minha mãe boooas noites de sono e, as outras, com a minha irmã, fazendo campeonato pra ver quem suava mais (kkkkkkkk lembra, irbã?).

Em Pinda, teoricamente, eu nunca tive um quarto só pra mim, eu dividia com a minha irmã. Mas em casa ninguém nunca teve muito problema com o lugar onde ia dormir não. A gente gosta mesmo é de ver filme e capotar na sala, ou assistir qualquer programa de TV e dormir em um colchão sem lençol.

Aqui em São João é a primeira vez que eu tenho um lugar 'meu' mesmo. Um quarto, uma cama, a minha estante (escolhida e comprada por mim), meus livros, alguns DVD's, a máquina de costura, meu notebook... e é esse último aí que tem me ajudado muito (ele e outras coisas hahaha). Fico assistindo canais pagos 'piratamente', comendo tudo que vejo pela frente e convidando amigos pra passarem a noite em casa, tudo pra suprir essa minha necessidade de ter alguém no mesmo ambiente pra eu dormir em paz.


Por isso, se eu te chamar pra dormir comigo, não espere só sexo. Às vezes vou te pedir uma conversa amigável e uma boa noite de sono em dupla.


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Beijão pra quem leu!

quarta-feira, 21 de março de 2012

Te compro te abro
tiro o selo te rasgo
te pego te ponho na boca
te acendo te trago
te sugo te engulo
pra dentro pra fora
te prendo te solto
te apago e te largo.

Cigarro.

Acorda Maria Bonita.

Hoje eu acordei resfriada. Sugando esse nariz pequeno que custava a parar de escorrer. Tirei tudo o que bloqueava minha janela e a fechei. O sol já entrava no quarto e rompia qualquer laço entre o sono e eu.

Minha cabeça havia parado de doer, mas a gastura que o refluxo e a queimação me davam era insuportável. Olhei a agenda do dia... será longo. Todavia o coração acordara feliz, assim como nos últimos dias. Ele, pelo menos, não iria doer tão cedo.

Pobre de quem nunca recomeçou. Nunca teve a cara esfregada na lama densa. Pobre não é aquele que nunca teve, é aquele que já teve e não soube lidar.

Meu corpo me pediu um tempo, disse que andei usando muito a cabeça no início e que depois, larguei as ideias e o usei (com vigor) todos os dias, como um máquina. Pobre de mim e do meu vigor.

A paixão pede passagem, mandou até mensagem dizendo que já acordou. Se o dia já vem, eu sou quem pra dormir de novo e sonhar com o outro amor? Passarei uma mensagem, linda de verdade, pra paixão que está entrando. Contarei da dor e do pobre, do recomeço e do medo. Da minha coragem e prontidão.

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Acorda vai fazer café!

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Beijão pra quem leu!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Queria ver suas mãozinhas e sentir o teu cheirinho.
Te abraçar quando abrisse um berreiro, dar carinho.

Queria sentir o amor incondicional (o qual não me condicionei).
Te dar a segurança que eu precisava quando te encontrei.

domingo, 18 de março de 2012

Domingo-feira. E todas as feiras, com eiras, sem beiras e muitas tribeiras da semana.

Aparacem mil convites. Aceito todos. Dois minutos depois eu desisto de todos eles. Dez minutos depois eu volto atrás. Três minutos depois eu entro em depressão porque não consegui sair.

Moral da história: fico sozinha o dia todo por alguma coisa estranha que aparece na minha mente e que me faz sentir vergonha, medo, insegurança toda vez que penso em sair de casa ou encontrar aquela ou outra pessoa na rua.

O que acontece: reclamo que a vida é uma merda, deito e durmo. No fim, se eu for calcular, passei mais tempo do dia esperando alguma coisa (seja ela coragem ou convite) do que fazendo essa coisa.


O que vou fazer agora: deitar e dormir.


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Beijão pra quem leu!

sexta-feira, 16 de março de 2012

O seio, quando encheu a mão pequena, arrepiou.
Subiu dos pés à cabeça uma onda de desejo e arrependimento.
O desejo gritava tanto que o arrependimento se calava.
O lençol, suado, amassava e saía do colchão.
Aquele gosto salgado já não atrapalhava mais o beijo.
Tudo era intenso. Até o jeito de pegar era mais forte.

Com a mente em outro mundo e o corpo naquele lugar,
o toque e a malícia já não eram mais motivo.
Quando o corpo se juntou à mente,
o flash do que aconteceu apagou o que passou.

O acordar junto trouxe o trauma à tona.
Mas o gosto da única vez é indescritível.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ontem eu dormi em uma palavra chamada cama,
pensando na palavra chamada homem.
Senti meu órgão chamado coração bater calminho,
achei que fosse o sentimento chamado amor grunhindo.

Eu, que andava tão sem paciência pra tal coisa, a estou fazendo.
Não sei se é bem fazer, acho que é sentir.
Uma coisa pouca ainda, pequena, lenta... sem dor.
Meu coração me agradeceu com um sorriso essa manhã.

domingo, 11 de março de 2012

Estou sendo idiota, eu sei.
Estou sendo falsa comigo, eu entendo.
Mas meu amor platônico de anos atrás está de volta.
Com cordas, teclas, sotaque paulistano e educação.

Não quero voltar pra lá pensando que isso não irá comigo.

sábado, 10 de março de 2012

Mesmo sendo assim, tão diferente, eu admito estar sentindo alguma coisa.
O gosto do beijo e a vontade de fazer tudo certo, isso me atrai.
Essa falta que a gente tem de gente, junto com a falta de fazer coisa qualquer.

Somei e deu nisso.

quinta-feira, 8 de março de 2012

A mulher é

o fruto do ventre.

A dor de cabeça do homem.
O peito que amamenta o menino.
A mão que segura a criança.
O braço que abraça um amigo.
O cabelo que cheira a Floratta.
O dedo que indica o caminho.
A boca que fala a verdade.
O coração que cabe mais um.
O pé que caminha até você.
O útero que contrai todo mês.
O sorriso mais lindo que já vimos.
O sexto sentido que fareja o perigo.

Os ombros que carregam o fardo do mundo,
e a culpa por ter nascido assim... tão...

mulher, mãe, irmã, menina, amiga.



Feliz dia da mulher!

Jogo.

O mundo, cheio das suas pessoas.
As pessoas, cheias do mundo.

O medo, cheio de certeza.
A certeza, cheia de medo.

O medo hoje me disse "adeus".
A certeza encheu meu peito.
As pessoas me deram a coragem.
E o mundo me deu a chance.


A felicidade, cheia das suas mentiras.
A mentira, cheia dessa felicidade.

O tempo, cheio dos minutos.
O minuto, cheio de tempo.

O minuto me deu a ideia.
O tempo me tornou segura.
A mentira me disse "até breve".
E a felicidade, hoje, brindou comigo.

Mas, nunca.

-- Qual o problema?

- Eu tô ficando doida!

-- Não existe isso, sai dessa.

- Mas não dá pra sair dessa sozinha, me ajuda!

-- Mas não é sempre que você terá alguém pra te ajudar.

- Mas me ajuda você! Hoje, agora, não sei!

-- Mas eu não posso ser sempre isso, nossa relação não é mais essa.

- Mas você não é meu amigo?

-- Sou... mas sou só seu amigo.

- E o que os amigos fazem?

-- Os amigos ajudam!

- ENTÃO ME AJUDA!!!

-- Mas eu estou aqui, nesse exato momento, tentando te ajudar!

- Mas não tá dando, tá piorando.

-- Mas o que você quer? Que eu saia?

- Quero! E que você suma!

-- Então eu vou embora.

- Mas não é agora! Me ajuda antes!

-- O que vai te ajudar, menina?

- Ter você, como alguém, ao meu lado.

-- Você tá presa ao passado, presa no que foi.

- NÃO ESTOU. Estou presa no meu futuro, com medo.

-- Medo do que não aconteceu ainda?

- Medo do que vai ser.

-- Sem mim?

- Não, isso eu já sei como é. Medo do eu vou construir.

-- Mas isso a gente descobre vivendo.

- Mas eu não consigo viver sem alguém ao meu lado.

-- E você quer alguém?

- Não. Esse é meu medo. Sei da necessidade, sei dos poréns, sei do ridículo que isso é.

-- Mas você não sabe viver com alguém.

- Mas não quero um namorado. Quero um amigo que me beije, que faça sexo comigo, que me chame pra sair, que me chame de linda, que aceite o que eu gosto.

-- E isso existe?

- Existe! Em algum lugar do mundo... só não quero procurar.

-- Ai, eu vou embora.

- Tá, pode ir.

-- É isso?

- É. Eu precisava falar isso alto, pra alguém. Ver que as frases que eu falei sozinha são as verdades da minha cabeça. Precisava botar pra fora pra acreditar que essa é a minha verdade.

-- Tchau. Me liga quando precisar.

- Ligo.



"Ela nunca mais ligou. Nunca mais abraçou. Nunca mais viu graça no cheiro do filtro do cigarro queimando. Nunca mais tentou tirar aquela música no violão. Nunca mais quis se encontrar com ele."

quarta-feira, 7 de março de 2012

Eu odeio esse cheiro de outra gente na minha roupa.
Esse cheiro doce, que não me lembra nada.
Só me sobrou a embriaguez da noite e flashes lúcidos do que foi.
Festa linda e perdida pela loucura que é estar lá.

terça-feira, 6 de março de 2012

Engole esse choro, menina.
Seu sorriso é falso e sua lábia curta.
Seu falo é comum e seu peso é muito.

segunda-feira, 5 de março de 2012

A mão que enlaça e abraça,
mais quente que o ferro no sol,
se encaixa na parte do corpo que é magra,
enquanto a outra afaga o curto cabelo moreno,
molhado pelo suor do cômodo abafado e pequeno.
Essa noite serviu pra se pensar! Se concluir. Se divertir. Se reavaliar.

Mas porque, excepcionalmente, essa noite, eu não consegui escrever?

domingo, 4 de março de 2012

Vidro das lamentações.

Porque as pessoas são tão difíceis?

Tem coisa que eu já poderia ter evitado com uma simples verdade dolorosa na cara, mas eu senti medo da reação da outra pessoa e aveludei a história.

Devia existir um manual, ou uma cartilha, que explicasse ao mundo que a verdade é essencial, que é preferível sofrer (ou sei lá) com uma verdade doída e humilhante do que com uma mentira doce e macia.

Já menti muito nessa vida, manipulei, omiti pra ser a santa e sair por baixo liiiinda na história (bem Maria do Bairro). Isso é fato. Mas as pessoas tem mentido (principalmente omitido) tanta coisa pra mim nesses últimos tempos, que eu tenho me sentido uma pessoa de vidro (ou cristal, que é mais chique)... ninguém pode chegar perto sem me lamentar pela minha situação (que eu ainda não sei quão miserável é pra ser tratada assim) porque eu sou de vidro! Preservem esse vidrinho!

Poxa, eu já tô velha nisso! Já estive em vários lados da mesma história. Mas agora, eu sei que já estou no lado dos 'de boa'. Não dos conformados (que seria muito conveniente), mas do que não estão esperando nem procurando nada, e que estão felizes, muito bem com o que tem!

Não sei o motivo desse texto (nem o porque eu continuo tentando escrever todos os outros), só sei que não quero mais ser a coitada disso. Quero ser Paola Bracho, na minha, dizendo: A honra é uma coisa muito elástica e convencional, queridinha! (viva Paola Bracho e minhas piadas sem graça)


Beijão pra quem leu!
ela chegou e ele saiu.
não sei se foi falta de educação,
ou se ela pesava o ar.

mas ele saiu.
ela se esqueceu várias vezes que ele lá estivera,
até quando ele lá estava.

ela se sentiu mal,
foi a primeira vez que o coração não acelerou,
e que ninguém a olhou com pena.

mas ah, a pena!
essa a acompanha em todos os caminhos,
mesmo ela não merecendo mais esse sentimento maldito.

pena de que?
a vida tem altos e baixos e o tempo (aquele grande amigo),
que cura qualquer ferida.

até a ferida que ela achava ser enorme,
que ele entendia e se redimia a cada segundo,
já foi fechada pelo tempo.
e daí que eu consegui?
sempre tem um cara,
aquele tipo figura,
que te faz lembrar do que já foi.

não faz falta?
não dói?
não posso mentir,
mas me deixa!

me deixa agir como minha mente pede,
não me entorpeça com mil palavras bêbadas,
eu estou conseguindo sozinha.
quer mais? eu já consegui.

agora tenho novos problemas,
mas problemas leves.
tenho o frio na barriga
e aquela amiga que de vez em quando dá uma flor que parece rosa.
eu quero fazer arte pra inspirar
pra poder mentir, pra poder foder.

eu quero ser artista pra analisar
pra poder mentir, pra fingir ser.

eu quero ser alguém que eu não entendi
pra poder mentir, pra poder esquecer.

eu quero ser eu mesma por que já sei o caminho
pra poder mentir, pra poder entender.

talvez eu só queira uma outra vida,
ou ser igual a quem não sente nada.
nem a pedra que do coração tira sangue,
nem saudade daquilo que já foi um dia,
nem raiva pelo tempo determinado pelo acaso.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Mesmo não sendo nada, já é alguma coisa.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O que disse.

Cuidado com o braço quando for dar a mão,
Desses aí eu conheço uma porção.
Rimas toscas preenchem minha poesia,
Já que a loucura tem sido minha companhia.


Palavras pregadas no vento se soltam,
Desprendem-se e acertam bem no meio daquele órgão vital.
Elas atingem um nível de indecência e ataque,
Quando a insanidade toma conta.


Ainda no verbo tomar, tomei vergonha.
Um copo bem cheio, por favor,
Da sua vergonha mais pura e destilada,
Com sal e um pouco de limonada.


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Beijão pra quem leu :))))

A felicidade é opcional, realmente.

Ouvi em um filme (quase suicida) uma frase linda, algo sobre viver dando festas pra preencher alguma coisa. E fiquei com isso na cabeça, pensando que era uma frase triste e compensatória, só não soube entender no dia que ela seria de grande ajuda pra um momento turbulento.

Conhecer pessoas novas me parece uma tortura em certas ocasiões. Minha insegurança me deixa muito boba, e meu sorriso parece falso de tão intenso. Soma-se um histórico de individualidade e pronto: minha segurança é o meu quarto.

Felizmente (ou infelizmente??) consegui aplicar em mim uma boa dose dessa frase, com um pouco mais de sal e azedês (patenteio essa?). O amargo eu deixei pras minhas noites deitando a cabeça no travesseiro onde, quase sempre, o sono vence os pensamentos insólitos.

O motivo de ninguém conseguir ficar sozinho sem enlouquecer eu ainda não sei... mas tendo essa frase como base, as festas preenchem esse vazio (seja de gente ou de ideias), dão a sensação da melhor ‘não solidão’ possível (só não te acompanha até em casa).

Então, se solidão é motivo de tristeza, e se festa é o modo mais rápido (fácil, gostoso) de suprir essa necessidade de gente (ou ideias, repito), ser feliz é, logo, opcional. Você vai ou não, você faz ou não.


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Beijão pra quem leu!

Achei a chave.

Como a gente exige leveza se é pesado, como a gente exige amizade se todas as verdades machucam?

A linha tênue entre apego e obsessão passou um tempo sem existir. Os limites de certo e errado foram ultrapassados e qualquer papo furado se tornara motivo pra insistir no que já não era sólido.

Botar a cabeça no lugar dói sim. Mas dura pouco. É uma dor que só aparece porque vem de supetão. A partir daí, dura 3 minutos de uma meditação inconsciente e todos os valores que estavam perdidos se encontram em uma reunião muito blasé, dizendo: mulher, em que esquina você havia perdido sua coragem? A encontrei na casa do caralho, com a autossuficiência grudada nela (assim como o pirulito preso no cabelo da puta americana doidona de ácido logo cedo).

Outra linha tênue foi a da confiança. Confiança ou vida escancarada? Ninguém vive com seu livro aberto e ninguém gosta de ser tão invadido assim.
O que é seu tá guardado, como diria minha mãe. O que é meu já me foi dado, e ouvi dizer que o resto virá em pequenas prestações de novidade, segurança, leveza e amizade.

Nos resta esperar... mas não sentados.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sabe o que é sentir uma dor no coração de pré-saudade, e ainda assim, cometer o ato egoísta de fugir pra ter seu momento de solidão?

Fujo, hoje, do que já passou.
Os detalhes ainda machucam,
me jogam na cara o que foi.

Mas foi, verbo pretérito perfeito do indicativo,
um dia, no passado.
E o presente nem é tão ruim.

Só não é tão acomodado,
e requer mais energia todo dia.


(não consegui escrever o que queria)

Diálogo de antes de dormir.

- E ela conseguiu!

O que?

- Ficar mais de duas horas!

O QUE? FICOU ISSO TUDO?

- Não, seu trouxa!

O que???

- Ficou mais de duas horas sem pensar.

No quê?

- Em quem.

Em quem?

- Em você.

E isso é bom?

- PERFEITO!

Pra quem?

- Pra você.
Sabendo que eu posso ter tudo,
eu não quero mais nada.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Na vida a gente erra pra caralho! Diz coisas sem sentido, vomitando cada sentimento podre que tem no corpo, aliviando (sozinho) a alma. Às vezes a gente descarta pessoas que estão sempre prontas pra nos ouvir, fazendo pouco do sentimento alheio.
Pra eu encontrar meu equilíbrio novamente, eu precisava reaprender a ouvir meus amigos sem sentir nenhuma pontada no estômago (de tédio ou pela sensação de não poder fazer nada) e perceber o valor que a palavra tem.
Uma coisa boa pra se fazer em épocas assim, é esquecer todos os erros do passado, no máximo pedir um perdão aqui ou ali. Não tem como voltar atrás. E aquela velha ideia de focar num futuro bom, é totalmente apoiada por mim. Nosso martírio de sempre mastigar o que passou é bobeira (eu faço/fiz isso constantemente), nos maltrata, nos torna chato pro outro, nos engana por um tempo e só prolonga o sofrimento.

Hoje foi um dia tão gostoso pra cair a ficha.

Um beijão pra quem leu!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O mais foda é que enquanto eu estou na maior merda da minha vida, meus amigos mais importantes estão nessa minha mesma ideia. Não de auto flagelo, mas de sossegar a alma junto com alguém e se tornar equilibrado.


E o carnaval perdeu algumas lindas bocas.
Acordei com vontade de dormir.
Dormi com vontade de sonhar.
Sonhei e aquela porra de vontade voltou.


Não precisa fazer sentido.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Não sinto fome de amor ou sede de alguém específico. Eu sinto falta é de me sentir linda com alguém me elogiando por amor. Sinto falta de receber mensagens lindas de um namorado que, mesmo longe, deixe sua presença de alguma forma perto de mim.

Grande parte das coisas que eu pensei pra esse texto, há dias, minha irmã postou ontem no blog dela ( http://lisergiaverbal.blogspot.com/ ), mas de maneira bem mais clara e sucinta.

Não me contento mais com aquela coisa de uma noite só. Não sou mais tão moderninha ou animada pra isso. Acho mesmo que eu cresci (o que não quer dizer que quem pensa dessa maneira seja infantil) e consegui amadurecer as minhas ideias nesse sentido. Beijar alguém novo e toda aquela ladainha que se fala antes de ficar com alguém não me fazem mais o bem de antes. Eu até ficava pra esquecer outra pessoa, pra melhorar minha noite ou pra dizer que o dinheiro gasto com a beudisse tinha valido a pena. Pobre de mim.

Hoje eu não procuro ninguém. Sinto falta sim de um namorado, mas ninguém específico, nem ninguém planejado. Só preciso de um que caia do céu e me traga flores (mesmo odiando esse presente), ou simplesmente uma cartinha de amor. Como minha irmã disse, eu adoro receber presentes! Por mais que eu negue e faça um show quando fico sabendo que vou receber um, eu adoro. Saber que alguém pensou em mim pra comprar ou fazer aquela coisa me deixa mais segura sobre mim.

A não presença em certas ocasiões e a falta de informação de onde está e o que está fazendo vem a calhar. Então, pra que isso aconteça, não posso me apaixonar pela pessoa amada, somente amar e amar. Preciso também confiar nessa pessoa, pra que nenhuma espera seja torturante, e nem o amor demais motivo de ódio.

Minha irmã tem toda razão com relação ao 'querido namorado'.


Te amo, irbã!
Esse povo não quer nada com nada.
Só casa, comida e roupa lavada.

Esse povo reclama de barriga cheia.
Quer tequila, pinga e cerveja na mesa.

Esse povo quer viver na mamata.
Pai e mãe catando papelão e lata.

Quando esse povo vai entender que
pra se resolver não é preciso tempo.
É preciso maturidade, valor e tento!

Completando Clarice.

"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calma e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre"

Não me lembro da primeira conversa nem da primeira noite.
Relembro cada palavra e cada toque.

Do que falava mesmo?
AH, da morte.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

"Lá vai meu bloco, vai"
Longe, sem mim.
Lá foi meu bloco, foi.
Longe de mim.

Melhorou, melhorou,
o coração disse que se recuperou.
Ele falou com a mente,
o que sou.

Rimas baratas indicam falta de inspiração,
e a falta dela é um bom sinal.
Só se inspira quem ama ou odeia,
quem é leve não escreve.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Em texto, um arraso.
Em prosa, é montado.
Na real? Parece mentira.
Quando sã, a mente pira.
Quando louca, o coração acalma.
Como me sinto? Sem a alma.

Mas fazer o que se já passou,
se seu amor de nada valeu senão por um momento.
Se seu amor foi superado pelo mundo,
e seus planos apagados por outras mãos.

O que resta é o novo sonho e um pouco de saúde.
Você fala, observa e não reconhece.
Abraça, aperta, e nada.
Grita, briga, e sem reação.
Chora, lamenta e acaba.

Sexo sem fim.

Um emaranhado de pensamentos,
uma orgia de sentimento.
Tem pinto pensando
e vagina falando.

VAI COM TUDO,
diz o ódio.
NÃO CHEGA PERTO,
o amor.

É pinto, é peito,
é boca, é gozo,
é vagina, é chupão,
tudo acontecendo, sem beijo.

Não pense, não sinta.
Deixe tudo acontecer sem sentimento.
Coloque sua armadura empoeirada,
sorria.

O que você pensou quando acordou hoje?

Eu acordei umas 3x hoje. Voltei de São João com um sentimento horroroso no peito, sentimento de morte, de desilusão. De quem caiu na real de milhares de coisas em uma semana, de quem sentiu uma dorzinha aqui e ali sabendo qual a causa e ainda assim ficou na bobeira de fazer de novo.

A viagem foi longa, não consegui me desprender dos meus pensamentos. Acabei me perdendo em uma tristeza que não é mais necessária, infelizmente. Fiquei pensando que fui enganada... pelas pessoas, pela minha mente e PRINCIPALMENTE pelo meu coração. Foi-se o tempo que eu sabia separar tudo, tudinho.

A única coisa que pensei quando acordei pela terceira vez foi na beleza das cidades cinzas. Todo o verde, os passarinhos cantando e as casinhas históricas me enjoaram. Tudo isso junto já fez muito sentido pra mim, quando eu tinha um rumo duplo a tomar.

Agora é tudo novo em um lugar velho. Queria tudo novo, velho ou mais ou menos por aqui, ou bem pra mais pra lá.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

TUDO NOVO, tudo como eu precisava.

O tempo certo pra eu sentir, viver, e pensar... agindo conforme minha mente manda. Tempo pra sentir saudade, sentir falta.

Egoísmo.

A tua boca, a tua fome,
a tua tristeza, o teu umbigo,
a tua vida e o TEU TEMPO.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Diálogo.

É estranho quando alguém pede pra conversar com a gente. Se não quis conversar na hora que fez o pedido, então a coisa é séria. Se necessita de olho no olho, a coisa é mais séria ainda.

Desde que me conheço por gente eu falo sozinha. Treino diálogos tranquilos ou raivosos na frente do espelho. Quando estou sem mais ninguém perto a coisa piora, falo sozinha fazendo qualquer outra coisa, inclusive assistindo a filmes.

Essa necessidade de criar uma espécie de roteiro mental para qualquer tipo de situação é comum na minha casa. Já peguei minha mãe ensaiando broncas, minha irmã ensaiando alguma ligação e até meus cachorros murmurando algo mais que um latido.

Nunca fui de confiar segredos à alguém. Há pouco perdi um ouvido muito bom que eu tinha perto de mim. Então tive de aprender a me virar como podia pra contar tudo que mais me afligia em certos momentos. Entretanto, toda essa necessidade de fala me fez louca por certo tempo. Havia dias que eu não pronunciava uma palavra o dia todo, mesmo estando com muita gente perto de mim, um sorriso era a melhor resposta ou pergunta à tudo. Então, criei longos diálogos mentais.

Inclusive a inspiração de grande parte dos meus últimos textos foi essa situação de silêncio da boca, e um mercado de peixe no cérebro. Minha válvula de escape é a escrita. O que explica meus poucos posts em momentos tranquilos da vida.

Na verdade, estou tão bêbada de sono que quase não consigo entender qual o foco do meu texto de hoje. Então vou dormir.

Beijão pra quem leu!

Treinos, ensaios e testes.

Já treinei cada versinho que vou dizer,
cada pausa pra respirar,
cada suspiro que terei de dar,
cada piscada pra nada perder.

Treinei os sons dos meus pensamentos,
pra te ouvir e entender melhor.
Treinei os passos que darei durante o diálogo,
os gestos e os toques que não me deixarão pior.

Já testei meu coração, nessa semana,
para qualquer frase mal colocada,
ou qualquer escândalo amoroso inesperado.

O tempo eu ensinei a andar mais de pressa.
Ensinei as horas como eu devia usá-las,
e ensinei à mim o auto controle.

Independente de tudo, eu quero.
Dependente da razão, não posso.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

NÃO!

Não, o mundo não acabou,
NÃO!
Não, não se deixe enganar,
NÃO!

É só teu coração mimado,
que na verdade não está cansado,
de falar.

Não, não fales mais,
NÃO!
Não, não gaste seu português,
NÃO!

Esse povo só sabe falar inglês,
e vive na tradução de tudo,
que é amor.

Não, não tenha mais pesadelos,
NÃO!
Não, não perca seus cabelos,
NÃO!

Os últimos fios que ficaram,
te restaram para uma peruca,
do passado.

Não, não percas o que te resta,
NÃO!
Não, não percas aquela festa,
NÃO!

Os amigos que existem,
com sorriso e coração,
aí estão.

Sim, faça o que sua mente pede,
SIM!
Sim, siga teus planos já marcados,
SIM!

Não escreva e não faça.
Sim escreva e sim, aja.
Haja saco pra superar,
teu coração a falar.

As noites.

E aí bateu saudade,
aquela que esteve morta por dias.
Deu inveja,
por quem estava onde eu queria estar.

Daí veio a realidade,
colocando de volta meus pés no chão.
Fez voltar a ideia de mudança,
na cabeça e na rotina.

Só que a noite chegou...
e todos os planos e conceitos se minguam,
se misturam com a saudade e a realidade,
e a confusão se torna única.

Estranhamente me conforta essa sensação.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

E em sonho, mais uma vez, ela viu o amor se perder.
Viu aquilo que ele fizera, mesmo não sendo mais dela,
dilacerou um coração.

Em sonho, ela chorou.
Se perguntou onde estaria aquela paixão,
que hoje é regada de esquecimento e 'traição'.

Bebida, paixão e vida,
é tudo farinha do mesmo saco,
se torna bom ou ruim dependendo do lado.

A bebida que me alivia,
a paixão que me tortura,
a vida que me sustenta.
O vazio se fez todo,
disse que iria embora pela manhã,
mas cá está ele,
me dizendo coisas que não posso fazer.

Alguém há de se apaixonar por você,
diz o vazio,
alguém irá completar essa lacuna
que é tua loucura.

Loucura minha, por favor,
vá embora e me torne sã e sedenta de amor,
amor de outras datas,
mude minha rotina de espera, pra rotina de procura.

Não posso mais confiar em palavras,
palavras ditas por um copo de vodca.
Espero aquelas palavras, sabendo que tudo já teve seu fim.
E me torno novamente a babaca, que espera tudo de volta pra mim.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Uma estrela? Sim, uma estrela.

Ela me fez decidir que não dá mais.
Talvez eu te tatue, ou marque você de alguma forma no meu corpo.
Mas no meu coração eu não o quero mais.

Me faz sofrer pensar que não fui sua primeira decepção.
Talvez sua penúltima ainda te bambeie as pernas.
Mas não posso apenas esperar pelo sim ou nunca mais.

Vou plagiar quantas músicas forem necessárias para que eu me acalme,
não te sinta mais e não te ame mais.

O que é que a End tem.

Eu passei tanto tempo da minha vida tentando me esconder, que agora que resolvi deixar todas as encanações de lado eu penso que o mundo todo está me julgando de certa forma.
Meu corpo sempre foi motivo de dor de cabeça pra mim mesma, então agora decidi falar abertamente porque raras vezes deixei minhas pernas à mostra.

Para explicar esse meu 'probleminha', selecionei um texto retirado de um blog.

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Um dos problemas de pele mais comuns é a queratose pilar, que seriam aquelas bolinhas, parecendo espinhas pequenas, que aparecem principalmente nos braços, nas pernas, no bumbum e mais raramente no rosto. Muitas vezes pode ser confundida com acne ou com foliculite até porque a idade de início mais comum é na adolescência.

Mas, diferentemente da acne a queratose pilar é um problema dos folículos pilosos, ou seja, nos pêlos, e não nas glândulas sebáceas. E tem origem genética, então se os seus pais tiveram o problema a chance de você ter também é alta.
É uma condição de pele benigna, mas que traz logicamente problemas estéticos. Não é contagiosa mas é crônica, em algumas pessoas pode curar espontaneamente e outras podem ter o problema por toda a vida. O ressecamento da pele piora o problema que tende ser mais comum no inverno do que no verão. Na maioria das pessoas a queratose pilar vai e volta, de tempos em tempos.

Não se sabe o que exatamente causa a queratose pilar, mais trata-se de uma produção excessiva de queratina na pele. O que leva a essa produção excessiva pode ser uma reação parecida com a alergia, e por isso, as pessoas que tem doenças alérgicas como asma, rinite, etc tem mais chance de apresentar o problema. As pesquisas até agora não estabelecem relação entre a dieta e o aparecimento de queratose pilar.

A queratose pilar não tem cura. Isso significa que não existe um remédio que possa ser tomado e que vai mandar embora o problema para sempre.
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Bom, é isso.
Não sei se fico tranquila ou se me sinto mais observada. O lema agora terá de ser o famoso 'que se foda'.



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Beijão pra quem leu!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Unimportant.

Saiba que a dor me torna poetisa.
Me sinto segura tendo você,
mesmo que sua inspiração dependa da minha (em partes).
Quero te contar a minha dor.

Minha dor é na verdade a esperança no novo.
Um novo que eu não quero mais planejar,
nem esperar nada além do que é necessário.
Amor, paixão, pra quê? Se tenho gente como você?

Estaria morrendo se não fosse o meu apoio,
minha amiga de palavras, minha família nos gestos.
Tenho os livros como apoio, o seu livro como diversão,
e minha vida com muitas páginas em branco.

Falando em páginas, consertei algumas esses dias.
As havia rasgado por medo de se repetirem.
Deja vu sempre me causou desespero...
Li também o último capítulo que escrevi... e que capítulo!

Neste capítulo estava a minha vida,
escrita, estudada, planejada.
Agora pense você em como estou me sentindo,
com páginas em branco no livro da minha vida.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

É tão bom passar o dia vendo filme e comendo coisa de gordo.
É tão bom estar em casa e brincar com o cachorro mais preto, gordo, fedido e delicioso do mundo, e com a cachorra mais brava e carinhosa da face da Terra.
É tão ruim pensar que vou sentir saudade de casa em menos de um mês, e que terei casa, conta, e faculdade pra cuidar.
É tão maravilhoso se ter esperança numa vida tão corrida.
É tão bom pensar que agora é tudo novo. Até a dor é nova.
É tão bom imaginar que esse ano serei ainda mais madura do que os outros.


Estar em casa e gostar de estar em casa...

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Beijão pra quem leu!

Tentando me explicar.

Hoje sonhei que o filme de 2009 se repetia. Acordei com o coração sangrando poeticamente, porque eu vi que não existe mais poesia na minha dor. Existe muito tempo de coração doendo, de barriga ardendo e de cabeça fora do lugar.

Fiquei cerca de duas horas tentando dormir de novo. Dormi e sonhei que estava num RPG, e adivinha quem era o fodão de lá? Adivinha quem eram as meninas que me matavam a cada segundo? Coisa de louco, eu sei. Coisa de quem passou por coisas inesperáveis, inimagináveis. Eu não quero mais me sentir assim.

Há quatro meses consegui estragar todo meu cérebro, toda minha ideia de felicidade e paz. Três meses antes havia conhecido uma pessoa maravilhosa, que me tratou de uma forma ALÉM do que as outras me tratavam. Me senti nos céus, me senti segura, confiante naquilo e em mim mesma. Eu sabia que ela estaria ao meu lado sempre e eu, SEMPRE, ao seu lado. Esses últimos quatro meses foram de prova divina (se Deus realmente existir). Prova essa que eu NÃO passei. Foquei o tempo todo nos problemas, nos lados ruins, nas crises. Esqueci que aquela pessoa estava dizendo a coisa certa, que ela também respirava, pensava, vivia (e, espero eu, não agiu como outra em 2009).

Quatro meses. No quinto mês (mês atual, eu digo), o amor de três meses perdeu para a infelicidade dos quatro meses. Confesso que fiquei segurando o choro esse tempo todo, e somente agora, escrevendo esse texto, derramei lágrimas de arrependimento, mesmo sabendo que nenhuma tentativa imediata de relembrar os três meses adiantaria. Foi dada a resposta final, e ambas as partes precisa superar.

Não vou mentir que fingir que nada está acontecendo não machuca. Machuca muito. Mas é mesmo hora de outra fase da vida. Fase de tentar outras coisas, fase de não procurar mais ninguém. Fase de não me rastejar e dizer asneiras, fase de fazer o outro vir até mim e não o contrário. Fase de me concentrar onde estou.


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Decidi focar meu facebook no blog, porque se fosse na minha vida, vida eu não teria. Lerei as mensagens enviadas à mim por lá, mas atualizações e afins, não lerei.

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Beijão pra quem leu!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tá na hora!

Quando a gente viu que nossa história foi superada, o que a gente faz?

Hoje passei o dia pensando nisso, e mesmo com caras cantando 'Ai se eu te pego' pra mim na rua, me senti a pessoa mais feia do mundo. Aí meu pai me disse que eu sou muito. Pedi pra ele me dizer 'muito o que?', e ele só me disse que sou muito.

Talvez esteja na hora de eu mesma ME superar, e tornar aquilo que eu sempre sonhei ser: a Endiara mulher. Pode parecer bobagem, mas está na hora de eu mesma me dar valor, pra eu mesma superar outras histórias, pra eu mesma me conhecer, pra eu mesma me sentir linda e inteligente, pra eu mesma ficar sozinha sem pensar em alguém.

E digo mais: a hora começou AGORA.


Um beijão pra quem leu!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Ter muita coisa pra contar nem sempre é bom. As novas espectativas de vida são animadoras, tristes por estar 'sozinha', mas feliz por saber que tive tudo o que quis, e que TENHO tudo o que quero comigo.

Estou indo pra São João agora, quero falar com vocês e pra vocês tudo o que aconteceu e tudo o que tem acontecido, pra isso preciso voltar pra Pinda, me centrar e focar nisso aqui de novo.



Beijão pra quem leu! :)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

É ISSO, é hoje, tenho 20 anos.
E foram os parabéns mais moles que já recebi... será que foi porque eu cresci?

Ainda estou naquela fase de cair a ficha, e a crise dos 20 anos paira sobre o ar. Estou a mercê dos parabéns, me sentindo insegura e precisando de comemorações a cada segundo. Eu sempre fui muito carente em aniversários, e sempre senti muito medo de nenhum amiguinho vir às minhas festas. Pois é, sempre me frustrei por nada.

Agora vou ver o que tem pro resto do dia... Ê, vida!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

2012, o ano em que a End mudou.

Li uma frase de uma melhor amiga esses dias que se encaixou perfeitamente nesse meu começo de ano: Não é o novo ano que tem que melhorar, é você!

Olhei pra dentro de mim esses dias, mesmo ainda surtando e descendo do salto de vez em quando, consegui focar nas coisas que eu gosto, rever amigos que eu havia deixado pra trás e, principalmente, definir o que eu gosto de fazer.
Sem dúvidas minha cabeça hoje só pensa na costura! Minha máquina nova me deu a liberdade de criar qualquer coisa que vem na mente, inclusive na parte de decoração. E tá exatamente aí outra coisa que eu AMO ultimamente, a decoração! Seja ela de festa ou de ambiente comum. Não sou boa nas duas coisas, senão já teria um blog direcionado (endquefaz?), mas AMO, e confesso passar horas desejando ter muito dinheiro pra fazer tudo o que vem na cabeça.

Outros pontos que andei revendo, foram emocionais. Fiquei dividida entre minha família e meu namorado que está longe (mas que virá para o meu aniversário!!), coisa que NUNCA poderia acontecer. Ele sabe, mais do que ninguém, da saudade que eu sentia todo dia, fosse da comida ou do carinho, ele sabe! E minha família passou maus bocados esses dias comigo, pelo meu estresse, meu mau humor... tudo pela saudade! Aprendi a me equilibrar, e pensar em aproveitar cada minuto com cada um deles, seja brigando ou dando muita risada. Vou aplicar isso a partir de hoje (me cobrem).
Meus amigos andaram em segundo plano todos esses anos. Eu passei tanto tempo pensando no que todos pensavam, que acabei me tornando (por pura idiotice) uma pessoa sozinha. Rever bons amigos esses dias me deu um 'up' no astral e senti que não sou tão sozinha no quesito amizade, eu é que não dava tanta importância assim (pensando que ELES não me davam tal importância).
Controlar o que eu penso e falo também são pontos que estão em pauta nesse começo de ano, mas ninguém é tão foda pra conseguir tudo isso em só 2 dias.

Então, sem mais delongas, desejo à todos um LINDO Ano Novo! E que vocês comecem a pensar e repensar nos pontos mais fracos de suas vidas, e nos pontos mais altos como forma de nos tornarmos seguros!


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Ps: dia 6 é meu aniversário =DDDDDDDDDD

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Beijão pra quem leu!!!