sexta-feira, 15 de julho de 2011

Confortável desconforto.

E com um abraço longo e apertado a ansiedade se transformou em conforto. Um conforto confortavelmente desconfortável, que se fazia assim pela incerteza de como agir.

Uma tentativa de beijo os deixou sem reação, olharam para os lados procurando um assunto urgente, qualquer coisa que os libertasse daquela deliciosa sensação de primeira vez.

As horas se passaram, e no divã, um beijo aconteceu. Os dois corações, ligados pelo beijo, sofriam calados pela dor de saber que aquilo não era mais como antes. Um não era mais do outro.

Mais tarde, ainda no divã, os dois comiam e assistiam TV. Ela olhava para ele e pensava em como aquilo era bom. Cada segundo junto dele era o bastante para se apaixonar de novo.

Pela manhã, os dois ficaram se olhando por muito tempo. Ela deitou no divã e, como parte do tratamento, ele pegou o violão e tocou músicas que tocavam o coração dela. Mais uma vez ela chorou, mas dessa vez o choro foi gostoso, liso, fácil: ela sabia que tudo poderia se resolver com um sim ou nunca mais.

Com o coração já calmo, ela foi para sua casa e escreveu um texto descrevendo cada emoção vivida naqueles dias.
Com o coração mais calmo, ele irá, um dia, ler o texto, entender que ainda existe uma luz de esperança e que aquela sensação de desconforto é confortável. Tem volta!

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Beijão pra quem leu!

2 comentários:

Gustavo Pavan disse...

hahaha.. que lindo isso. Lindo mesmo

Unknown disse...

Sempre lindo! Sempre...