terça-feira, 19 de julho de 2011

Quando a poesia se acaba.

Um poeta sem inspiração é um poeta morto,
morto bem morrido, enterrado bem lá embaixo.

Quando a poesia acaba o poeta fica em choque:
sabe que seu fim está próximo.

Mas ah, existem os músicos para inspirar esse poeta,
porque um músico sempre tem música,
sendo dele ou não.

Ora, também existem os palhaços que fazem da sua arte
um ritual, algo quase divino,
que inspira qualquer coração minguado.


O poeta quase morto que não conhece a música e nem o palhaço,
também pode usar a sua dor como luz, sua lágrima como tinta,
e seu coração como papel.

O poeta quase morto que já usou todas as formas de se inspirar,
pode usar sua morte, real ou artística, para finalmente brilhar.
Brilhar muito, e sumir... pra sempre!


Conto de um poeta morto.

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Beijão pra quem leu!

3 comentários:

Pedro Inácio disse...

Um poeta quase morto
Pode quase morrer pra sempre
E com sua quase morte
Fazer da sua poesia
Quase viva


Muito lindo END!
muito lindo mesmo.

Lucielle Wiermann disse...

"Eu estava dormindo e me acordaram
E me encontrei, assim, num mundo estranho e louco...
E quando eu começava a compreendê-lo
Um pouco,
Já eram horas de dormir de novo!"

O Morto - Mário Quintana

Rafael Flores disse...

Assim como o Cisne canta somente antes de sua morte...

Me faz um favor? NUNCA cante pra mim ta?

bjao