quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Para um pai, amigo, irmão.

Aí eu nasci e as coisas mudaram.

Vim uma menina meio menino. A filha que gosta de futebol, que fala palavrão e que é a companheirinha do pai.

Na única viagem que fizemos juntos, sozinhos, eu o conheci. Estranho pensar assim, mas é verdade. Talvez o mais estranho venha agora: eu sou muito mais parecida com você do que todos imaginam, pai, acredita?

Você é o professor mais falado, o pai mais amado, o tio mais esperado, o homem mais sortudo... porque, né, olha que mulher linda você tem!

Mas não somos parecidos nisso, e sim na quietude dos problemas e na maneira lógica de resolvermos as coisas. Talvez nossa pontualidade também seja um ponto em comum, e a nossa mania por organização.

Porém, existem adjetivos e elogios que são só seus, pai. Parecem criados pra você, como um presente divino, ou algo assim.

Das coisas que eu mais sinto saudade morando longe, pai, conversar na cozinha de madrugada é uma das que lideram a lista. Sinto sua falta toda vez que me vejo sozinha na pensão, pois era nesses momentos que eu ficava com você, te enchendo de bobeiras.

Queria escrever várias coisas lindas em sua homenagem, fazer qualquer tipo de demonstração de afeto ou comprar algum presente. Mas ainda tenho tempo de fazer isso, quem sabe ano que vem, ou esse ano mesmo. Pelo jeito que vocês apostam em mim, tenho certeza que será logo.



Te amo, pai.
Sinto muito sua falta, é sério.

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Beijão pro meu pai.

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