sábado, 10 de setembro de 2011

Diálogos.

Mais um post sobre diálogos e esse vai ser bem direto.

Há anos, coisas estranhas e ruins (pequenas) vem acontecendo na minha vida. Coisas que nunca levei tão a sério, que sempre achei sem relevância mas que adoraria desabafar. Porém não desabafo.

Há anos, também, sou ombro de pessoas muito próximas e de pessoas sem vínculo algum. Elas tratam dos seus problemas comigo, coisa que eu adoro, me sinto mais viva e um pouco importante na vida de alguém.

Infelizmente, há anos, me sinto presa dentro de mim mesma. Sinto uma vontade louca de me expressar com gestos e palavras, mas o que acaba saindo são atitudes grosseiras, típicas de quem não sabe falar em público, ou se relacionar com outro alguém.

Minha família é o que eu tenho de mais seguro na minha vida. Sei que estão dispostos a me apoiar sempre que eu precisar, que estarão me dando suporte a todo momento, só que eu não consigo manter um diálogo razoável com eles. Há um prejulgamento de todas as minhas frases, existe um campo de energia que nos separa entre conversas superficiais e silêncio mútuo. Não nos sentamos a mesa para comer e dialogar, e só hoje percebi que isso faz toda a diferença.

Excepcionalmente hoje estou com vontade de voltar pra minha nova rotina. E, ainda hoje, serei julgada por esse post.

Sem mais delongas,

Beijão pra quem leu!

2 comentários:

Rafael Flores disse...

entendo...

Anônimo disse...

Quanto mais achamos que saímos à nossos pais, mais distante ficamos da real semelhança. Algumas vezes não percebemos, negamos cerrando os dentes nos parecer. Mas no fim das contas só nos damos conta de que tanto não nos identificamos quanto somos incompreendidos.
Por mais que você queira, que se esforce seu filho nunca será você ou como planeja. Pode até se desviar do caminho correto que você sugere, mas poderá ser até melhor que você. Quem dirá?!
“Ah, eu te conheço como a palma da minha mão”... “Ah, quem me dera...” quem me dera que realmente conheça suas mãos, nem eu mesma tenho controle dos meus próprios pensamentos... Conhece mesmo? Por que será então que estamos aqui falando sobre isso? Por qual motivo esse vazio ainda preenche essas lacunas.
Mal me conheço, sou uma incógnita que anda, fala, come, ama e chora por esse amor. Amor não deveria ser uma coisa boa...?! Nem os mais complexos cálculos demonstram aproximação do meu verdadeiro valor, do valor que você tem e igualmente desconhece. É inegavelmente frustrante o sentimento de incompatibilidade de ideias, opiniões? Sim.
Estamos sós, pois. Eu sou eu, eu, eu, eu, eu... esse eu que tanto querem que pense coletivamente. Como um eu pode ser compartilhado se cada milhão de Ser é exclusivamente ele? Por isso é tão difícil ser você para as outras pessoas, as outras pessoas só sabem ser elas mesmas e vocês, claro, são distintas.
Curioso que quando nos esforçamos a entender soa como se fingíssemos. E seus problemas não passam de versões que EU tenho dos seus problemas, não seus problemas reais. Nada é real o bastante, como pode não ser real o que pensas. Já reparou que o que é pode ser o contrário do que pensa? Esses mistérios, enigmas são complicados por demais. Não deixe essa margem de erro extrapolar pelo que os outros pensam sobre algo, por exemplo. Se ela pensa errado e você como ela, então mais ainda.
O erro de injustiça é exponencial...