segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Massa morta, suja de sangue e de zumbi!

Poemas que falam de morte são desprezados.
Ninguém quer saber de morrer
e ACHAM que não ler é evitar.

Viver é morrer.
A morte, matada ou morrida, é fato,
consumado ou não, é morte!

E quando tem morte no plural o crime é maior.
Morte no plural é massacre,
e massacre é sangue, ninguém gosta de sangue.

Temos sangue, vamos morrer!
Mas quem disse que a massa morre,
a massa não pensa, não vive, não morre!

Quem morre pela metade é zumbi!
Mas não critiquem os zumbis e sua busca incessante,
eles estão a procura daquilo que a massa não usa.

Sendo cefálica ou popular,
a massa é quem ordena,
a massa é quem amassa, quem condena.

E que a massa morra!
Com seu cérebro seminovo jorrando sangue,
de preferência num massacre... zumbi!

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Não riam das minhas viagens!

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Beijão pra quem leu!

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