quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sem corrida.

Não corro porque meus pés ainda são paulistas,
assim como meu coração egoísta.
"Me diga com quem andas e te direi quem és",
tá aí outro motivo pra eu desistir.

"Ainda há tempo"... NÃO!
SEMPRE há tempo e sempre houve.
Mas em dois meses minha vida virou,
e como boa paulista que sou, me esqueci.

Admito tudo isso mas também admita que,
quando chamei ou questionei,
sua resposta foi sempre a mesma.
Não tenho bola de cristal, só problemas.

Te digo que não tenho mais cabeça pra isso,
faça o que bem entender, eu continuo te amando.
Só não vejo mais graça nesse vai ou não vai,
sem nada concreto, sem abraço nem carinho.

Falo, ainda, que eu estou sofrendo aqui,
como você, nunca fui a primeira escolha de ninguém.
Se você desse atenção pra quem fala coisa com coisa,
saberia TANTO, mas TANTO.

Hoje não tenho coragem de te olhar nos olhos,
contar um segredo ou alguma coisa importantíssima.
Tenho medo dos ouvidos ao seu redor,
meu problema não é só uma crise.

Como já disse, amo você.
Sem corrida, sem desespero,
sem choro ou testamento.
Sabe onde moro e minha rotina.

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