quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

E aí eu cresci e me tornei isso.

Fiz escolhas esse ano que pensei (e ainda penso) serem boas pra mim. Os amigos que fiz, os lugares onde fui, TUDO me fez ver onde não mais queria voltar, o que eu não ia mais beber, que horas eu não iria mais acordar, pra quem eu ia dar a cara pra bater.

Essas escolhas me fizeram ser o que sou AGORA. Meio seca, meio fria, meio boba. Me tornei mais intensa e, em certos momentos, isso se torna uma qualidade impagável, em outros, me torno mal interpretada.

Morar fora me trouxe uma liberdade enorme. No começo, não soube lidar com ela. Saía muito, todos os dias! Tinha o foco fora da faculdade. Um pouco antes do meio do ano, passei tão mal depois de uma festa open bar, que percebi que ISSO não é coisa de gente que pensa! Saí de casa pra estudar, e havia perdido o foco. Então, terminei o namoro da época, foquei na faculdade e o acaso conspirou a meu favor.

Conheci outra pessoa (que influenciou nas poesias da época), conheci os amigos da faculdade (os de verdade), conheci os amigos que moravam perto e me davam abrigo nos dias mais tristes da minha vida (sábados e domingos) e vi que minha família sempre estaria ao meu lado, INDEPENDENTE das minhas escolhas. Achei mesmo que eles tivessem visto que eu cresci e que fiz certas escolhas POR MIM, pensando MUITO antes de fazê-las.

Hoje, em casa, me sinto presa. EU AMO minha família, mas como mostrar que todas as minhas vontades e meus anseios são pensando em mim e neles? Antes não conseguia nem sair pra comer um lanche sem ligar para meus pais avisando... hoje, arrisco até um almoço fora de casa (coisa que eu NUNCA faria sozinha).

Eu entendo minha família, eu os amo MAIS QUE TUDO. Mas queria muito que ela visse que eu cresci e que essas escolhas são pensadas em cima da minha vida AGORA. Se eu quero aprender a cantar, se eu quero conhecer lugares novos, é POR MIM, pro MEU crescimento. Não depende de quem está ao meu lado, eles são só um meio de chegar lá e eu sou o meio deles chegarem também. Morando fora aprendi que preciso das pessoas SIM, e elas de mim, seja qual for a finalidade.


O que me deixa triste é não saber conversar ao vivo, falar olhando nos olhos tudo o que eu penso. Queria ter o poder do convencimento, ou da prova, pra mostrar que o que estou dizendo hoje não é tão errado.

Não matei ninguém, não xinguei ninguém, apenas fiz escolhas... todas POR MIM.

Um comentário:

Endiara Cruz disse...

http://www.youtube.com/watch?v=MaSYa0QNVUM&feature=player_embedded

Esse vídeo é também um pouco do que eu quis dizer no post.