sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Tentando me explicar.

Hoje sonhei que o filme de 2009 se repetia. Acordei com o coração sangrando poeticamente, porque eu vi que não existe mais poesia na minha dor. Existe muito tempo de coração doendo, de barriga ardendo e de cabeça fora do lugar.

Fiquei cerca de duas horas tentando dormir de novo. Dormi e sonhei que estava num RPG, e adivinha quem era o fodão de lá? Adivinha quem eram as meninas que me matavam a cada segundo? Coisa de louco, eu sei. Coisa de quem passou por coisas inesperáveis, inimagináveis. Eu não quero mais me sentir assim.

Há quatro meses consegui estragar todo meu cérebro, toda minha ideia de felicidade e paz. Três meses antes havia conhecido uma pessoa maravilhosa, que me tratou de uma forma ALÉM do que as outras me tratavam. Me senti nos céus, me senti segura, confiante naquilo e em mim mesma. Eu sabia que ela estaria ao meu lado sempre e eu, SEMPRE, ao seu lado. Esses últimos quatro meses foram de prova divina (se Deus realmente existir). Prova essa que eu NÃO passei. Foquei o tempo todo nos problemas, nos lados ruins, nas crises. Esqueci que aquela pessoa estava dizendo a coisa certa, que ela também respirava, pensava, vivia (e, espero eu, não agiu como outra em 2009).

Quatro meses. No quinto mês (mês atual, eu digo), o amor de três meses perdeu para a infelicidade dos quatro meses. Confesso que fiquei segurando o choro esse tempo todo, e somente agora, escrevendo esse texto, derramei lágrimas de arrependimento, mesmo sabendo que nenhuma tentativa imediata de relembrar os três meses adiantaria. Foi dada a resposta final, e ambas as partes precisa superar.

Não vou mentir que fingir que nada está acontecendo não machuca. Machuca muito. Mas é mesmo hora de outra fase da vida. Fase de tentar outras coisas, fase de não procurar mais ninguém. Fase de não me rastejar e dizer asneiras, fase de fazer o outro vir até mim e não o contrário. Fase de me concentrar onde estou.


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Decidi focar meu facebook no blog, porque se fosse na minha vida, vida eu não teria. Lerei as mensagens enviadas à mim por lá, mas atualizações e afins, não lerei.

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Beijão pra quem leu!

Um comentário:

Anônimo disse...

É engraçado...
Exatamente esses dias eu me monitorava e observava que eu não tinha nada. Nada, nada, nada; estava limpa de ideias. Não conseguia escrever sobre nada.
Porém isso simplesmente voltou, como subitamente foi-se embora antes. Imaginarás o porquê ou por quem... De toda forma ‘tentarei me explicar’.
Não é como se eu tivesse uma dependência poética. Inclusive acho que consegui, algumas vezes e de forma independente, tentar e ensaiar sobre algumas coisas. Antes eu tinha um propósito... agora tenho dois - este por puro egoísmo, talvez. Mas quando me perco desse propósito, refiro-me ao principal e razão por tudo isso, é como se não restasse mais nada; como se certas coisas não existissem.
Acho que isso deve ser dependência, então... Se perco ou me perco do propósito e não sei o que fazer pra ‘recuperá-lo’, no fim das contas lá se foram os dois.
São tempos de insegurança, dúvidas... tempos difíceis.
Tempo de aprender a me colocar no lugar certo, meu lugar, e entender que de repente eu não sou o bastante.
Tempo de entender que não é porque eu me preocupo e me importo que talvez precisem da minha ajuda, ou melhor, que a queiram. Não é porque eu tenho a necessidade de saber se está tudo ok, que eu tenha o direito de saber. A verdade é que não tenho direito algum. E é um saco, sem pressão.
Ninguém tem de reportar nada a mim e não é só porque eu quero, e é o que eu estou tentando dizer. Quero dizer que me preocupo e morro sim, se as novas são ruins. Dizer que não perguntar não significa falta de interesse, mas sentimento de importunidade – este de minha parte; e que não contar – esta por mim – não é por inconfiabilidade, mas de importunidade, mais uma vez.
Sei lá mais do que estou falando, bastante ficou por entrelinhas.
É SEMPRE boa a surpresa! Reencontros...
Não é como se eu os merecesse, mas simplesmente porque nessa vida a gente se apega ao que ou quem se valha a pena... porque apreço, aquele de verdade, geralmente só CRESCE juntinho com várias outras coisas legais, aquelas essenciais que nos fazem perceber o quanto somos queridos e amados.
É sempre bom relevar essas coisas, às vezes, pra que NUNCA caia no esquecimento.