sábado, 11 de fevereiro de 2012

O que você pensou quando acordou hoje?

Eu acordei umas 3x hoje. Voltei de São João com um sentimento horroroso no peito, sentimento de morte, de desilusão. De quem caiu na real de milhares de coisas em uma semana, de quem sentiu uma dorzinha aqui e ali sabendo qual a causa e ainda assim ficou na bobeira de fazer de novo.

A viagem foi longa, não consegui me desprender dos meus pensamentos. Acabei me perdendo em uma tristeza que não é mais necessária, infelizmente. Fiquei pensando que fui enganada... pelas pessoas, pela minha mente e PRINCIPALMENTE pelo meu coração. Foi-se o tempo que eu sabia separar tudo, tudinho.

A única coisa que pensei quando acordei pela terceira vez foi na beleza das cidades cinzas. Todo o verde, os passarinhos cantando e as casinhas históricas me enjoaram. Tudo isso junto já fez muito sentido pra mim, quando eu tinha um rumo duplo a tomar.

Agora é tudo novo em um lugar velho. Queria tudo novo, velho ou mais ou menos por aqui, ou bem pra mais pra lá.

Um comentário:

Anônimo disse...

Às vezes, simplesmente, não se controlam sensações corrosivas...
Lembranças de um passado tão vivas, dentro de você, quanto aquela incessante dor que o perece a cada suspiro profundo...
Dos que lhe enche os pulmões e obriga seu coração, apertado, a jorrar um sangue envenenado, diria, infelizmente não só por seu corpo...
Espalha uma angustia tola, também, por sua mente.
Não se render a essa infame tolice é quase impossível.
E ela não serve para mais que deixá-lo sentir-se deplorável.
Daí, então, quando suas lágrimas caem, é exatamente como a chuva.
Ninguém percebe, ou se dá conta do que há por trás disso.
Vem os efeitos, as consequências e tudo o que fazem é reclamar.
Com motivos, talvez, mas sem razão.
E essa overdose de pensamentos lhe grudam como chicle.
E os sentimentos que não o ajudarão em nada despertam, como se fosse Carnaval.
Parece-lhe já não haver saída, como se você estivesse sendo bombardeado ou afogando sob uma cascata de desilusões...
Como se não houvesse sobrado realidade compensável que o tirasse dali.
Viver, talvez, signifique reconhecer que há.