sábado, 5 de setembro de 2015

feriado mais tenso da vida
tanta burocracia papelística
que me sobraram 5 reais,
onde faltam 15 pra, se der,
desendividar da biblioteca,
pra, durante a viagem,
ler e ler e ler -
criando mais 20 reais
na pendura -
e fichar.

O ovo? Tem.
Tem arroz, feijão.
Juro que vi um pedaço lindo de bacon -
um do 5º dia útil -
grudado no gelo do freezer.
Isqueiro, gira a válvula,
sem gás.

Não desisto.
Crio discussões sobre a vida,
as chaturas em papel A4,
as crises que eu crio em cima de crises
que eu mesma criei na última crise.

Crase. A CRASEADO,
À senhora
À senhorita,
À dona, pessoa apta a - pelo amor da Deusa - dizer um sim pra mim.
Assinar.

A viagem tá aí, ó.
- oi viagem.
E a tristeza dos últimos dias e a monotonia da espera -
o cotidiano fica mecânico quando se deseja um papel -
me fazem projetar,
fazer previsões,
ensaiar uma conversa sobre o bendito papel no espelho.
Me fazer deixar de ser.

Tô na escuta, comandante.
Esperando louca/mente que
seja positivo,
operante,
amém.

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