segunda-feira, 7 de março de 2011

Pegar ônibus. (17h57min)

Eu achava que minha sexta feira seria incrível! A viagem de volta pra minha casa, o sono durante a viagem, a chegada liiinda, o reencontro com meu namorado e minha família. Mal sabia eu que tudo seria diferente!


Acordei as 7h, animadíssima com a viagem. Arrumei o restinho das coisas, tomei um banho e fui me despedir das meninas. Na cozinha, a mãe de uma amiga ofereceu uma caroninha até a rodoviária – OPA, meu dia começou bem! – eu pensei.

Na rodoviária, encontrei o Gustavo, e fiquei esperando com ele seu ônibus. Ele foi embora, e aí apareceu a Duda, que havia perdido o primeiro ônibus. – ÓTIMO, agora não vou mais pra Barbacena sozinha. – pensei, sem saber...

Dentro do ônibus, nós conversamos, dormimos, até que o ônibus parou. “É um acidente!”, diziam uns, “Morreram dois”, diziam outros. Já era mais ou menos umas 10h20 da manhã, eu ainda tinha tempo de sobra pra pegar o outro ônibus que me levaria à Taubaté, as 11h55.

11h... e nada! O ônibus não andou um metro, pelo contrário, o motorista desligou o motor, e liberou a descida pro pessoal. Eu, ainda com esperanças, pensei que daria tempo, ficaria em cima, mas daria. Mal sabia eu...

Meio dia, e o motorista nos levou pra rodoviária da cidade pequena que estávamos, dizendo que seria melhor esperar ali. Desci, comi um salgado sujo, fui no banheiro porco, e ouvi boatos de que ir de táxi seria melhor, pois havia uma estradinha de terra por onde só passavam carros e motos. “BELEZA, vamos juntar um povo e rachar uma corrida!!”. Achamos três garotos e duas mulheres que topavam.

Chegamos ao motorista do táxi e dissemos nosso ‘problema’ à ele. Ele aceitou e fomos tirar nossas malas do ônibus (eu cheia de bolsas e sacolas, CLARO!). Nos encontramos com o motorista e ele nos deu a péssima notícia: uma carreta havia tentado passar pela estradinha, e a interditou.

“E volta o cão arrependido...”

Trocamos de ônibus e ficamos lá, mofando, conversando sobre nada com dois meninos. Tinha um rapaz com o som do celular alto, ouvindo funk e músicas NADA prazerosas. Quando o ônibus começou a funcionar, percebi que havia sentado embaixo de uma goteira.

Na rodoviária de Barbacena, consegui trocar minha passagem – VIVAAA, EU VOU EMBORA! – eu pensei, sem saber... só havia ônibus às 20h50, uma vaga, em um leito mais barato.

Não consegui pegar o dinheiro da diferença de volta.

Nesse momento (em que estou escrevendo o post, claro), estou sentada com a Duda em uma lanchonete, rezando pra que o tempo passe logo. Já comemos milhões de coisas porcas da rodoviária de Barbacena, e estamos LOUCAS pra ir embora.

Um beijão pra quem leu!
(Menos pro filho da puta que bateu aquele caminhão! Menos pro cara que estragou o teto do ônibus! Menos pras rodoviárias que nos cobram R$0,50 pra usar o banheiro, e R$2,00 por bagagem no guarda-volumes!)

Um comentário:

Angelo Di Stefano disse...

End, quanta saudade de você menine! Andei lendo seus posts e fiquei muito feliz sabendo que está se virando e vivendo aí sozinha! Sei que é muito difícil, falo de experiência própria! Mas acredito em você, tudo que acontecer, por mais difícil que seja, te ajudará a crescer muito como mulher! Força que sei que consegue! Beijão... XDDDD