sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sozinha, sem pressão, sem impressão.

Sozinha, ela acordou nessa madrugada. Olhou para o lado, viu solidão. Pensou, pensou e sentiu-se sozinha. Se lembrara que dias antes tinha sentido essa mesma solidão e ficara triste, mas essa madrugada trazia uma solidão gostosa que ela estava precisando há tempos.

Trocou várias vezes de roupa, se maquiou, tirou a maquiagem, fez outra. Escolheu roupas pra diversas ocasiões que sabia não iriam existir. Se sentiu bonita pela primeira vez há muito tempo. Mediu seu valor, pensou ser muito, como não pensava há muito tempo.

Criou histórias, inventou futuros, pensou na saúde, imaginou finais felizes, comeu coisa saudável, lavou o rosto, escovou os dentes e tentou dormir.

Dormiu e levantou cedinho. Se cuidou, leu, lavou roupa, fez seus trabalhos pendentes, pensou em estudar, pensou melhor, decidiu ver os amigos.

Hoje ela programou um dia tranquilo pra se purificar, pra se orgulhar, pra ser orgulho. Hoje seu nome é solidão.

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Beijão pra quem leu!

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