quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O novo (RE)começo.

Ela se levantou e se sentiu vazia. Mais vazia do que se sentira em 2009, talvez também se sentisse iludida, mas dessa vez quem a iludiu foi sua cabeça.

Tudo estava tão bem que a deixara com medo. Os desejos realizados, a convivência perfeita, as novidades agradáveis, inclusive a saúde que ia muito bem, obrigada, a assustavam. Seu problema era mesmo o pensar. Pensar demais tirava sua coragem. A limitava entre sonhar e agir.

Seus sonhos iam tão longe que sua vida, tão parada, não podia acompanhar do jeito que estava. Seus valores haviam mudado tanto, que os amigos já não sabiam o ritmo de sua vida. Sua cabeça, tão cheia de coisa nova, estava adiantada demais para os outros... ela precisava realmente mudar.

Sua vida, até então, foi vivida como se ela estivesse em transe. Sua decisões e escolhas foram tão aleatórias e artificiais, que ela ainda não tinha parado pra pensar na bola de neve que sua vida havia se tornado. Hoje ela tinha namorado, amigos e atos, e ainda assim não tinha nada.

Nesse dia que se sentiu vazia, ela praticamente enlouqueceu. Era um dia da mentira, nada propício pra agir como ela agiria. Terminou com quem tinha que terminar, magoou quem tinha que magoar e parou com atos que nunca deviam ter começado. Ela se tornou ela, depois de 4 longos e automáticos anos.

---

Achei esse texto que escrevi no dia 02/04/2011, dia da calourada do jornalismo. Ele descreve bem o que eu sentia na época. Talvez eu coloque um desses que eu escrevi esses dias.

ps: o pleonasmo do título é proposital.

---

Beijão pra quem leu!

Nenhum comentário: