segunda-feira, 15 de abril de 2013
Olhar Atento, Boca Calada.
É ela quem vai falar!
Fala o vento, as folhas e os pássaros.
Tem terra que virou barro.
Rio que virou areia, hoje é lama.
Tem gente que ficou bonita,
Pessoas que amei por cima da cama,
Até ver que minha paixão é pelo novo, não pela mama.
O antigo é o chato que reclama e se faz de entendido. Tenta guiar o caminho, a cada metro uma piada de destruição.
Atentos no caminho, homens!
Se não tiver silêncio, não tem vento, folha e pássaro.
Não tem bairro pobre e a realidade estampada, na cara, vomitada.
Pé no chão e "Casa Engraçada", que tinha teto e não tinha mais nada.
Não tem mãe e filho se cuidando, dando amor e se entendendo.
Se não houver boca calada, a vida passa.
Passa pelo olho que está fechado de tanto forçar pra manter a pose.
Eu gosto é de poesia,
Do café da manhã da Maria,
Que tem caneca de lata com café,
Manteiga do pão se passa com colher,
e alegria tem sempre mais na despensa.
É, é essa Maria que me tira da descrença:
"O olhar atento e a boca calada"
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