domingo, 9 de novembro de 2014

Como sacola plástica,
vaguei a vida com o vento,
travei em bueiro,
me molhei de merda,
parei na barriga da baleia
e jorrei quando ela encalhou
na praia.

Fui catada por um cara,
que me colocou em uma lata
grande e fedida,
dividida com fralda e absorvente,
e disse que ali era meu lugar.

Sem amor, sorriso ou alguma coisa que me tire esse peso do peito. Me orgulho sempre em dizer que sou feliz e só agora reparei que não. Às vezes meço errado minha alegria.

Um comentário:

Pedro Inácio disse...

E o que seria a tristeza, além de um medidor da felicidade?