segunda-feira, 16 de março de 2015

Dizer que há muito é bobagem. Durante as crises eu só pensava no seu (antigo) bom senso e no seu carinho (foi quem me ensinou a abraçar com a alma). Há pouco tempo, tenho repensado em você.
Nesse segundo, sou toda "deslucidez", estou na loucura plena de quando digo que estou louca. Lembro de um hamburguer que fez pra mim naquela época (bigorna conflituosa), talvez seja uma saudade com fome, querendo comer tua presença (mas sem seu coração frio). Eu sentia sede, mas só tinha chá de arruda. Lembro do ovo, bacon, pitadinhas de amor e zero paciência. Comi, vomitei. Lembra? Parece mentira. Não é.
Hoje sou só lembrança (na loucura, quem não sai do hipocampo bom sujeito não é), aperto no peito, via dutra congestionada num coração tão pequeno. Há saudade, há dúvida. Há, ainda mais, dúvida sobre a saudade. De quem? De qual? Do que?
Não acho motivo pra sentir saudade, mas lembro de uma plenitude, completude da alma, dos corpos, da mente. Lembro de sentir o silêncio sem ferir ninguém. Lembro de ser triste, de ter a alma velha. Às vezes essa velha alma aparece, feito um encosto, e ela tem sua forma. Uai, será que, aqui, cá entre nós, me sinto melhor agora?
Você, que me ensinou poesia sem métrica, vai ser pra sempre um príncipe desencantado. O guerreiro covarde de todos os dias, que surge, ressurge, some. Como é bom te ver sumir, melhor ainda se assumisse... aí, quando eu pensasse naquilo, não pensaria em você.

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