sábado, 21 de janeiro de 2017

Eis que ressurge a poesia, do bem,
de dentro daqui.
É incessante o trabalho da mente,
a purificação dos ares
a partir da respiração pensada.
Velar o corpo vivo,
nosso próprio corpo vivo,
é tentar mudar o ambiente
ou se mudar pra outro.
Valorizar o que temos aqui e lá fora.

Perceber que as janelas
[mesmo as distantes da calçada]
dão acesso a mundos,
a convivência OITCHAU,
ao real interesse no CÊTÁBOUA?
Te aproximam do céu, dão noção de tempo.

Casas precisam de portas.
Elas te livram do externo, do excesso.
Te fazem lembrar quem é.
Dão acesso a subcasas dentro da sua,
privacidade, acesso a conversas.
Devia virar signo. PORTA.

As paredes lisas são barreiras!
Pedem cuidado e segurança,
régua, trena, lápis, BONSZÓI pra medição.
Quando esburacadas, sofrem pelo desprezo.
Coitadas, não percebem que serão,
se assim posso dizer,
mais aproveitadas.

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pseudo beudo - pcdobeudo



Um comentário:

Marcus Alencar disse...

Há quanto tempo não leio uma poesia. É de se comemorar e abrir sorrisos quando lemos algo que se comunica com o sentimento porque "poetizar" (se que é posso criar a palavra, rs) é se comunicar com o sentimento do outro através do nosso. Acho lindo a relação entre externo e interno, portas, a mente que nada mais do que um portal para esse caos incessante de pensamentos tão livres e autênticos.

Enfim, acho que já disse muito. Agora, só me resta dar os parabéns pelo blog. Esta é a minha primeira visita.

Até mais.