segunda-feira, 27 de abril de 2015

Sinto que não superei sua partida,
a dos outros,
e a ideia latejante da minha.

Passo todo o tempo contando...
sejam histórias, horas,
vacilos. Conto, anoto, rasgo.

É como se nenhuma esperança
existisse.
Como se "pra quê fazer planos",
se a vida é só essa e a minha é só isso.

Tantas vírgulas na semana passada,
tanta dúvida e medo de por em prática.
"Não é possível que eu dê conta".

Meu coração já não é mais o mesmo.
Não cabe mais um,
nem mais angústia.

É mesmo uma bomba relógio,
um termômetro das coisas que me abalam.

Hoje ele acordou acelerado...
e eu, triste.

Um comentário:

Raul Assis disse...

Não há motivo, razão, propósito ou sentido para se ter esperança. O futuro não existe, contemple o amor no que hoje te consiste. E vê se não desiste, insiste! Sonho é destino, não leve a vida muito a sério, brinque.