Na dúvida sobre quem eu sou,
Na desconfiança da mudança,
Na insegurança sobre quem ele é,
Na tristeza de estar pior,
Ele me critica.
É de uma forma tão culta,
Tão politicamente cortês,
Mentirosa e mesquinha,
Esmagadoramente pedante,
Que eu acredito.
Mordi a isca,
Passei dois dias pensando
que sou uma merda,
De novo.
Como resposta, o silêncio.
Ele faz de brincadeira,
Se empodera no meu pesar.
Tira de mim declarações mortas,
Infla o peito e boa,
Silencia.
Amanhã, quando eu viajar,
Espero que saia essa coisa péssima,
Essa sensação que só tenho experimentado com ele,
Que ela vá embora.