Força, pressiona, manda.
O outro, tímido, sofre calado e tem consigo
uma companheira fiel, gastrite.
A fase de borboletas no estômago já passara,
e a vergonha que antes apenas corava as bochechas,
agora aperta a barriga, corrói os órgãos,
queima o rosto, lava os olhos.
Tentar aliviar as dores de um tímido é nula,
quase sempre em vão, tempo perdido.
O tímido tem vergonha da vergonha,
se mutila, se fere por ela.
O alheio geralmente é corajoso,
por isso a tensão e a ansiedade.
Para ele é fácil mandar, ordenar,
ele é alheio, ele não sente o corpo todo queimar.
Quando um covarde perde esse medo,
o povo todo se levanta.
O corajoso, pode até mostrar os seios,
ou o pênis... mas isso o povo todo já viu.
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Beijão pra quem leu!
e um especial pra quem assistiu minha apresentação junto com o Pedro Inácio essa noite.